Fitoterápicos no Tratamento da Obesidade

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Administração

Documento 1

Esse estudo teve como metodologia o uso de artigos localizados em sites de busca e bibliografias de autores envolvendo o tema de tratamento fitoterápico. Palavras-chave: Obesidade, Fitoterápicos e Natural. summary The purpose of this study was to present the use of herbal medicines as a form of treatment for obesity. Phytotherapics are medicines produced by plant active ingredients, where their effectiveness has been studied and used by nutritionists in the fight against obesity. The purpose of the context is to analyze the use of herbal medicines as a treatment against obesity, its actions with the body as well as the prescription of it by nutrition professionals. Fitoterápicos para Obesidade 24 3. RECOMENDAÇÃO DOS FITOTERÁPICOS 28 CONSIDERAÇÕES FINAIS 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 34 INTRODUÇÃO A obesidade é uma doença causada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a diversos problemas de saúde para o indivíduo.

Nos últimos anos, a obesidade tem sido um assunto muito estudado assim como sua forma de tratamento. A procura por um tratamento adequado tem feito com que as pessoas obesas procurem soluções alternativas para o problema, faz com que houvesse o crescimento do consumo de fitoterápicos tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento, se tornando uma alternativa medicinal. Os fitoterápicos são medicamentos obtidos empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. A importância de plantas medicinais é baseada no planejamento que envolva uma reeducação alimentar e atividades físicas. Os fitoterápicos possuem baixos níveis de toxicidade e geralmente agem no centro do apetite estimulando que o organismo se sinta saciado. Esse conteúdo visa demonstrar a utilização dos mesmos no tratamento da obesidade, bem como a finalidade que possui, suas ações no corpo e utilização pelos profissionais de nutrição, porém não se esquecendo da importância da pratica de exercícios físicos e uma educação alimentar.

Diante disso, o problema de pesquisa visa na seguinte pergunta: o uso de medicamentos naturais se vê como uma alternativa valiosa na cura da obesidade se tornando um suporte para os nutricionistas? O objetivo principal desse estudo visa analisar o uso dos fitoterápicos como forma de tratamento contra a obesidade. O mesmo possui em seu contexto os efeitos e composições dos fitoterápicos, com o propósito de tratamento de obesidade, analisar os benefícios e desvantagens do uso dos medicamentos fitoterápicos e a prescrição pelos profissionais de nutrição e investigar o uso do tratamento de fitoterápicos utilizados pelos profissionais de nutrição, bem como o motivo de seu crescente escolha como proposta de cura para a obesidade. De acordo com uma Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças, divulgada pelo Portal da Saúde em abril de 2017, em 10 (dez) anos a prevalência da obesidade teve um crescimento de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, afirmando desta forma que a população brasileira está mais obesa e atinge quase um a cada cinco indivíduos.

Os dados apontados mostram a preocupante realidade que envolvem o tema de obesidade, que afetam pessoas entre 25 a 44 anos, mostrando também que o excesso de peso tem aumentado na população brasileira nos últimos anos. O incentivo para os hábitos saudáveis como uma alimentação balanceada e prática de atividades físicas se tornam os caminhos mais assertivos para conscientizar a população quanto a importância de práticas que contribuam para a sua saúde (ROCHA, 2017). Os fatores genéticos também desempenham um papel quanto à suscetibilidade para a ganha de peso, mas muito de se integram ao estilo de vida que o indivíduo leva, onde é essencial a escolha por hábitos benéficos e que contribuam para os riscos das doenças (INCA,2003).

A obesidade e o sobrepeso também são responsáveis para consequências socioeconômicas, pois os custos para o sistema de saúde são altos diretamente ou indiretamente (INCA, 2003). Sendo assim, deve objetivar a integridade do ser humano em qualquer espaço de intervenção e construir uma prática que considere questões sociais, psicológicas, genéticas, clínicas e alimentares que possam influenciar na relação de sobrepeso e obesidade (MINISTÉRIO DA SAUDE, 2006). De acordo com Burlandy (2007), o estado nutricional tem uma dimensão biológica referente à relação entre o consumo alimentar e a utilização do alimento sendo este influenciado pelo estado de saúde, mas também possui uma dimensão psicossocial sobre as condições de vida, trabalho, renda, acesso a bens, serviços básicos, estrutura familiar e culturais.

Sendo assim, a promoção à alimentação saudável e prática da atividade física, assim como acompanhar o estado nutricional e de saúde da população fazem parte do cotidiano e ações das ações (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). O excesso de peso pode ter consequências graves e distintas conforme o indivíduo e contexto do histórico, pois o IMC pode ser avaliados e comparados com os padrões de acordo com os mesmos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). A redução de peso proporciona a diminuição de problemas mais comuns como dores na coluna, no quadril, nos joelhos e nas pernas pela sobrecarga de peso sobre as articulações melhorando a movimentação da pessoa e facilitando a prática da atividade física (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

Para Despres (1991), a medida da circunferência da cintura (CC), e realizada através da medida menor da curvatura localizada entre a crista ilíaca e as costelas. Segundo o Ministério da Saúde (2008), os índices indicados são: Tabela 2. Classificação da CC CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA RISCO AUMENTADO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES ≥ 80 cm Mulheres ≥ 94 cm Homens Fonte: Ministério da Saúde do Brasil (2008) Conforme apresentado na tabela 2, os níveis adequados para as mulheres em relação a medição da circunferência da cintura são de menor ou igual a 80 cm, enquanto para os homens são menor ou igual à 94 cm (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). FITOTERÁPICOS Os fitoterápicos são medicamentos obtidos com o emprego de matéria-prima vegetal, reconhecidas pelas suas propriedades de eficácia e também quanto os riscos que podem ocasionar (BRASIL,2016).

O Ministério da Saúde não considera um medicamento fitoterápico que possua em sua composição substancias ativas isoladas ou de qualquer origem, nem associações delas com extratos vegetais. O uso de fitoterápicos em países em desenvolvimento, incluindo o Brasil teve nos anos de 70 e 80 o crescimento do uso de medicinas vegetais. Hoje o cenário desses medicamentos ganha cada vez mais espaço para sua comercialização, no Brasil conforme dados obtidos pelo Departamento de Comércio Exterior no ano de 1998, apontam cerca de 2. toneladas de plantas medicinais e se encontram cada vez mais crescentes nos últimos anos (IBGE,2004). Dessa forma, pode se analisar que os mesmos se tornaram alternativas relevantes dentre os profissionais da saúde que buscam por novas formas de tratamentos com eficácia.

Muitas pessoas confundem a diferença existente em plantas medicinais com os fitoterápicos. Fitoterápicos para Obesidade Os medicamentos provenientes de plantas fitoterápicas têm obtido um espaço significativo dentro de diversos tratamentos, entre eles de obesidade. O tratamento da obesidade nos últimos anos tem sido realizado através da reeducação alimentar com dieta, porém enfatiza-se a necessidade da inclusão de atividades físicas (VERRENGIA, 2013). Em casos onde a obesidade apresenta um risco à saúde, são utilizados agentes anti-obesidade, onde os critérios para essa utilização têm se tornado uma preocupação para compor o tratamento. Os estudos relacionados aos medicamentos fitoterápicos demonstram as propriedades e ações dos componentes no organismo do paciente. Foi realizada uma pesquisa por Monego 1996) referente a ação de substâncias fitoterápicas no caso a spirulina, fucus e gelatina, onde constatou-se que a primeira apresentou uma ação inibidora de apetite devido apresentar alto índice de fenilalanina que atua no centro do apetite quando ingerida.

São diversos os fatores que influenciam no aumento de peso, como a má alimentação, estresse, alterações hormonais, sedentarismo, inflamação crônica, excesso de radicais livres entre outros. Segundo a nutricionista Fidelis (2011) são fitoterápicos que auxiliam no processo de perda de peso e suas funções: - Garcínia Cambogia: tem ação redutora no apetite e diminuição do gosto pelo doce e diminui a produção de gorduras; - Gymenma Sylvestre: tem ação na produção de insulina e melhora a vontade de comer doces. Atua diminuindo a resistência a insulina; - Caralluma Fimbriata: consegue bloquear a produção de gordura; - Citrus Aurantium: aumenta a termogênese (perda de peso), diminui o apetite e em alguns estudos sugere-se que aumenta a performance física; - Coordia Salicifolia: é estimulante do sistema nervoso central e auxilia na perda de peso, redutor da gordura localizada, ajuda no tratamento para retenção de líquidos e ainda é energizante; - Cassialamina: age reduzindo a produção de gorduras.

Phaseolus Vulgaris (faseolamina): age diminuindo a absorção de carboidrato e melhora as concentrações de insulina e glicose; - Chá verde: tem inúmeras ações como antioxidante, antinflamatória, atua na redução na absorção de gorduras, aumenta a termogênese. O uso de medicamentos fitoterápicos não impede a ingestão de alimentos saudáveis e uma dieta balanceada, assim também como não exime a importância da prática regular de atividades físicas, valendo ressaltar que tais tratamentos não podem ser utilizados em pacientes hipertensos, e sensíveis a cafeínas, e que os mesmos devem ser prescritos por um profissional da saúde, onde irá oferecer o medicamento correto e as dosagens de acordo com a necessidade (BASULTO, 2009). Os mesmos conseguem compor uma melhor digestão, melhora o aproveitamento e aceitabilidade do alimento e amplia a variedade de nutrientes existentes nos vegetais, de modo geral contribui significativamente para os processos metabólicos (KALLUF; 2007).

Seu uso sem uma orientação adequada é uma preocupação mediante o desconhecimento de cada substância e determinado sistema funcional, dessa forma devem sempre ser receitados por um profissional que disponha de um conhecimento em propriedade sobre o assunto e não ser utilizado através de um conhecimento cultura (WON, 2010). Segundo Kalluf (2007, p. Diante da complexidade na área da saúde humana e da responsabilidade da interação da ciência da nutrição com os extratos botânicos, é importante lembrar que o nutricionista deve sempre orientar o consumo de fitoterápicos de acordo com a ética, prescrevendo produtos que tenham indicações terapêuticas associadas ao seu campo de conhecimento, e que, ainda, o profissional deve ser cientificamente capacitado para adotar este tipo de conduta. Em resumo a fitoterapia oferece terapias alternativas focando a natureza para fins de escolha saudável e eficaz na busca de tratamentos mais eficientes e que de modo geral não acarretem outros problemas a saúde mediante seu composto ser proveniente de extratos naturais, onde os estudos realizados comprovam sua eficácia nos tratamentos (KALLUF, 2007).

Quando prescrito um fitoterápico são de obrigatoriamente a prescrição deve conter, a nomenclatura botânica, sendo opcional o nome popular; parte usada; forma farmacêutica/modo de preparo; tempo de utilização; dosagem; frequência de uso e os horários para o uso, confome consta exemplo do tabela 5 abaixo: Tabela 3 – Prescrição de Fitoterápico Chá verde (Camellia sinensis). mg Excipiente padrão qsp. Caps Elaborar: 120 cápsulas. Ingerir 01 cápsula 1 hora antes do almoço e jantar diariamente por dois meses Hibisco (Hibiscus sabdariffa), flores Uso interno Infusão: usar 1 colher de sopa para 1 litro de água. Verter a água fervente sobre a erva, tampar e deixar em repouso durante 15 min. O mesmo é capaz de melhorar o humor, devido possuir o aminoácido chamado L-teanina, que quando liberado no organismo vai até o cérebro e aumenta a produção da dopamina e da serotonina que estão ligados à sensação de bem esta (AYRES, 2016).

CONSIDERAÇÕES FINAIS Os fitoterápicos ganham cada vez mais espaço no tratamento da obesidade, e tem sido um desafio para os pesquisadores que analisando detalhadamente do extrato e propriedades dos vegetais relacionados aos benefícios e auxilio para o tratamento da doença. A maioria dos medicamentos hoje comercializados não possuem regularidade o que gera uma preocupação muito grande pelos profissionais de nutrição. Os nutricionistas estão cada vez mais adeptos ao se utilizarem desses medicamentos para os tratamentos, porém são estão autorizados de fazê-lo quando conhecem profundamente os agentes do composto e suas ações nas funções do organismo. A utilização desses medicamentos sem a orientação necessária pode acarretar em riscos à saúde a medida que não se sabe como o composto passará a agir em determinado organismo, por isso os estudos se tornam cada vez mais aprofundados sobre o tema.

pdf>. Acesso em 20/04/2017. AYRES, Nathalie. Chá verde: bebida que ajuda a diminuir a gordura corporal. Ano 2016. pdf>. Acesso em 20/04/2017. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC n° 10 de 2010. Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicas, Brasília –DF, ano de 2016, disponível em: <http://bvsms. saude. gov. br/bvs/publicacoes/politica_programa_nacional_plantas_medicinais_fitoterapicos. pdf>. uniararas. br/revistacientifica/_documentos/art. pdf>;. Acesso em 11/10/2017. BURLANDY, Luiz Antonio do Anjos et. CAMARGO, Sula. A prescrição de fitoterapia pelo nutricionista – CRN. Conselho Regional de Nutricionistas. ° ed. Ano 2015. br%2Frasbran%2Farticle%2Fview%2F9&usg=AOvVaw1Ur9B1Xl6negjIgj8yWmad>. Acesso em 15/10/2017. CARVALHO, Ana ; et. al. Situação do registro de medicamentos fitoterápicos no Brasil. In: Escala Rural: especial de plantas medicinais. São Paulo.

Escala Ltda. FARIAS, Luciana Melo de, Prescrição de Fitoterápicos: Limites e possibilidades. Ano 2011. html>. Acesso em 21/04/2017. HEYWARD, Vivian. et. al. br/inquerito/docs/sobrepesoobesidade. pdf>. Acesso em 05/09/2017. KALLUF, Lucyanna. A realidade da fitoterapia na prática do nutricionista. Acesso em 18/04/2017. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Cadernos de Atenção Básica, Obesidade. Ano 2006. Manual disponível em: < http://189. nutricao/docs/geral/doc_obesidade. p. OMS – Organização Mundial da Saúde. Guia Metodológico de Avaliação e Definição de Indicadores. Ano 2000. Disponível em: < http://www. Parâmetros Antropométricos como Discriminadores da Obesidade. Ano 2012. Disponível em: < http://www. efdeportes. com/efd168/parametros-antropometricos-da-obesidade. G. Avaliação nutricional de coletividades: textos de apoio didático. Florianópolis: ED. UFSC, 1995. VERRENGIA, Eliane et. Delimitação do objeto trabalhado do nutricionista: subsídios para uma discussão.

Revista Saúde em Debates, v. p.

667 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download