TEOLOGIA - EXEGESE DO ANTIGO TESTAMENTO

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Religião

Documento 1

As promessas eram claras; uma nação mui numerosa descenderia dele, seu nome tornar-se-ia célebre na Terra porquanto a bênção do Altíssimo estaria sobre ele para cumprir em sua pessoa os desígnios do Todo-Poderoso; ainda que convivendo em meio a um povo não temente a Deus, sua esposa tivesse a madre cerrada e não possuísse terra alguma para abrigar a incontável descendência prometida. As bênçãos do seu chamado estender-se-iam sobre toda a terra; todos os povos nos tempos vindouros seriam visitados na presciência divina pela ação salvífica na pessoa d’Aquele que viria ao mundo para resgatar muitos. Palavras-chave: Aliança. Abraão. Genesis. O texto e os estudos adicionais no Talmud e Midrash revelam ainda mais sobre a vida de Abraão, suas lutas, vitórias e os desafios que teve que enfrentar ao longo do caminho que o levou a Deus.

Os eventos da vida do patriarca prenunciam a história do povo de Israel, pois, como ensina a sabedoria judaica: “Os atos e episódios ocorridos durante a vida dos patriarcas são um sinal para os seus descendentes”. O nome original do primeiro patriarca era Abrão (Avram), até Deus mudá-lo para Abraão (Avraham), que quer dizer “pai de muitas nações”. De fato, os judeus ortodoxos são proibidos de chamá-lo “Abrão”, seu nome de nascimento. Somente aos 75 anos, após décadas de absoluta e total devoção, o Eterno Se revelou a Abraão pela primeira vez, apresentando-Se com o chamado divino “Lech Lechá” – “Sai da tua terra, da tua pátria e da casa do teu pai para a terra que Eu te mostrarei” (Gênesis 12).

Tu não Lhe recusaste teu único filho” (Gênesis 22: 11-12). O anjo de Deus transmite ao patriarca a promessa divina: “Eu jurei por Minha própria Essência que, por teres realizado tal ato e não me teres recusado teu único filho, Eu te abençoarei bastante e aumentarei tua semente como as estrelas do céu. Todas as nações do mundo serão abençoadas através dos teus descendentes – tudo porque tu obedeceste a Minha voz” (Gênesis 22:15-18). Quando Abraão tinha 99 anos, Deus Se-lhe revelou novamente para selar com o patriarca, através do brit milá, Sua Aliança Eterna com o povo de Israel. Diz o Eterno a Abraão: “Eu sou Deus, Todo-Poderoso, anda diante de Minha presença e sê perfeito” (Gênesis 17).

Abraão e Isaque – Genesis 22: 1-9. O teste soberano da fé e obediência de Abraão adveio após a partida de Ismael quando todas as esperanças futuras se encontravam depositadas em Isaque. Pôs Deus Abraão à prova - O verbo hebraico (nissa), provar (tentar) possui um significado de “teste” que revelaria a fé de Abraão como nunca antes. Ele teria que dar prova de absoluta obediência por meio de sua inabalável fé em Deus, acatando todas as instruções de maneira pormenorizada a fim de que sua fé fosse constatada de forma inquestionável. Abraão passou pela prova do fogo mais ardente e dela triunfou. Moriá – O local onde o sacrifício fora realizado não pode ser determinado com precisão. O Segundo Livro de Crônicas 3:1 localiza-o onde o Templo de Deus fora construído por Salomão.

A tradição apega-se a esta alegação haja vista determinar, histórica e biblicamente falando, um lugar mais aceitável. oferece-o ali em holocausto [. Gn. a14). Jesus Cristo defendendo sua missão e autoridade falou aos judeus: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se”. Jo. Ao homem justificado por Deus foi assegurado que as bênçãos da aliança seriam dele e de seus descendentes. Os perfeitos desígnios de Deus são enfatizados nas epístolas de Paulo, entre as quais, a que fora enviada a Roma: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as cousas”? (Rm. Por isso se diz que Deus se lembra das “cinzas de Isaque”, mesmo que o Anjo contivesse a mão de Abraão, Isaque literalmente fora sacrificado, pois a Kavaná (intenção) de Abraão em obedecer e a investida ao ato sacrificial, é tomado como se realizada fosse.

Há um entendimento aqui, pois Avraham (Abraão) viveu antes da época do Êxodo do Egito, é claro, e, portanto, ele observou a Pessach (Páscoa), oferecendo o carneiro no lugar de seu filho (Gênesis 26:5). Avraham (Abraão) revelou que o significado interior da Torá é que o “justo viverá pela sua Emuná (fé, fidelidade)”. Durante o Êxodo do Egito, Moisés declarou que o sangue do cordeiro pascal seria um “sinal” de justiça imputada garantido pela Emuná – sem “fermento”, ou obras humanas, acrescentou. Este é o princípio bíblico de “a vida por vida”, que está na base do sistema de sacrifício do Tabernáculo (ou Templo) revelado também no Sinai. Talvez uma aparente contradição em essência, pois aqui Paulo refere-se a confiança inabalável de Abraão na promessa de Deus de que seus descendentes seriam tão numerosos como as estrelas do céu (Gn 15:1-6).

Talvez sequer haja uma contradição em si, uma vez que ou os dois estavam se referindo a episódios distintos em sua discussão sobre a justificação de Abraão ou a carta de Tiago, enquanto judeu, fosse uma resposta direta a Paulo, apóstolo dos gentios. Em Gênesis capítulo 17, Deus confirmou sua aliança com Avraham Avinu (Abraão), dando-lhe o mandamento da circuncisão, ou seja, Brit Milá, um termo que significa literalmente “aliança da palavra”. É importante salientar que é a “tradição oral” judaica que mostra onde fazer o corte no corpo masculino e que o rito da circuncisão nunca foi destinado para efetuar a promessa de Deus, mas apenas para atesta-la. A circuncisão serve como um sinal de geração em geração e um sinal de Emuná (fé, fidelidade) na palavra de Deus, isto é, nas promessas e nas alianças de Deus.

Abraão havia ensinado ao mundo que a vida é uma dádiva divina e que Deus abomina os sacrifícios humanos. O assassinato, mesmo em obediência a Deus representaria a antítese da bondade de Abraão. E mais ainda, Deus havia prometido a Abraão que sua recompensa seria grande: seu filho Isaque seria pai de uma grande nação que disseminaria e perpetuaria seus ensinamentos. O sacrifício de Isaque representava o oposto de tudo àquilo que Abraão ensinara, praticara e sonhara em sua vida. Apesar disso, o homem que ousou provar os limites da longanimidade de Deus para salvar os já conhecidos povos malévolos de Sodoma e Gomorra, calou-se e preparou-se para cumprir a mais difícil ordem divina. Talmud – (significa estudo) é uma coletânea de livros sagrados dos judeus, um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, à ética, costumes e história do judaísmo.

É o texto central para o judaísmo rabínico. Midrash – é a interpretação de textos religiosos no judaísmo rabínico. Brit milá - (literalmente "aliança da circuncisão"), também chamado de bris milá (na pronúncia asquenazi) é a cerimônia religiosa dentro do judaísmo na qual o prepúcio dos recém-nascidos é cortado ao oitavo dia como símbolo da aliança entre Deus e o povo de Israel. Mitzvá - (tzavá – Ele mandou). Gênesis 12: 1) PINTO, Tales. Abraão e as alianças hebraicas. Disponível em: https://historiadomundo. uol. com. Gênesis: a partir da leitura de gênero, São Paulo, Paulinas, 2000, 452p. BRUEGGEMANN, Walter. Gênesis. Interpretação: Um Comentário Bíblico para Ensinar e Pregar. Atlanta, Geor, John Knox, 2012. CROATTO, José Severino.

As linguagens da experiência religiosa. Uma Introdução a fenomenologia da Religião, São Paulo, Paulinas, 2002, 527p. FOKKELMAN, G 1999. Introdução ao Antigo Testamento, por DE Green. A Bíblia, Anchor Yale. New Haven, Conn: Yale, 1964. WENHAM, Gordon. Explorando o Antigo Testamento: Volume 1: O Pentateuco. Londres, Reino Unido: SPCK, 2008. Maayanot Irving M. Bunim. A Ética do Sinai, ensinamentos dos sábios do Talmud. Editora Sefer Paul Johnson. A História dos Judeus.

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