Estresse Salino em Plantas

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Biologia

Documento 1

MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS 6 4 RESPOSTAS DA PLANTA EM CONDIÇÕES DE ESTRESSE SALINO 7 4. AMINOÁCIDOS PROLINA 7 4. AMINA QUATERNÁRIA GLICINA BETAÍNA 8 4. DISSACARÍDEO SACAROSE 9 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 9 REFERÊNCIAS 10 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1 INTRODUÇÃO As plantas respondem de diversas formas aos estresses deletérios causados por fatores externos. Os estresses podem ser por déficit hídrico, por calor e choque térmico, resfriamento e congelamento, a salinidade e deficiência de oxigênio. Todos esses fatores podem induzir as plantas a uma condição de estresse, caracterizando-se assim, um estresse salino (TESTER & DAVENPORT, 2003). O estresse salino é um dos maiores problemas abióticos que pode ser definido como um aumento na concentração de sais no solo que influenciam diretamente no desenvolvimento vegetal (SCHOSSLER et al. É um fator que limita a produtividade das culturas, afeta as relações hídricas e iônicas, causa perturbações metabólicas e danos nos tecidos das plantas (PATADE et al.

No geral, a salinização afeta as plantas negativamente, principalmente durante a germinação e nos primeiros estádios de crescimento, desenvolvimento vegetativo, produtividade e, em casos de maior gravidade, causa a morte das plântulas (SILVA & PRUSKI, 1997). Sendo que, a fase de germinação diante de um estresse salino, é o período crítico de desenvolvimento para a maioria dos vegetais (KLAFKE, 2008). Normalmente, nas espécies vegetais sensíveis à salinidade, o percentual de germinação é reduzido à medida que elas são submetidas ao estresse salino (TORRES et al. Esse efeito negativo na germinação deve-se tanto ao efeito osmótico, como ao efeito tóxico (efeito específico de íons), resultando em distúrbios fisiológicos à semente (TOBE et al. EFEITO OSMÓTICO O efeito osmótico do estresse salino sobre o desenvolvimento das plantas é em consequência das elevadas concentrações de sais dissolvidos na solução do solo, no qual irá reduzir seu o potencial osmótico e hídrico, diminuindo a disponibilidade de água e nutrientes para as plantas.

Dessa forma, o aumento da pressão osmótica causado pelo excesso de sais solúveis na solução do solo, atingirá um elevado nível em que as plantas não terão força de sucção suficiente para superar o potencial osmótico, assim a planta não absorverá água e nem nutrientes para o seu desenvolvimento, resultante da condição de estresse hídrico, sendo este processo também denominado de seca fisiológica (SCHOSSLER et al. SERTÃO (2005), afirma que as plantas glicófitas, sensíveis à salinidade, geralmente tendem a tentar excluir os sais na absorção da solução do solo, no entanto, não são capazes de realizar o ajuste osmótico necessário. Em condições salinas, há o fechamento dos estômatos para limitar a perda de água pelas folhas (YOUSIF et al.

Por causa do fechamento estomático, a assimilação de dióxido de carbono pelas plantas é reduzida (CENTRITTO et al. desencadeando uma série de reações subsequentes que interferem diretamente na fotossíntese e consequentemente em processos que dependem de produtos de carbono gerados nesta etapa (TERRY & WALDRON, 1984). A alteração na morfologia dos cloroplastos é outro fator que pode alterar a fotossíntese nas plantas, pois é nos cloroplastos que ocorre a fotossíntese (TAIZ E ZAIGER, 2009). Os cloroplastos são muito vulneráveis a uma diversidade de fatores de estresse (OMOTO et al. MOLINARI et al. verificaram o aumento de prolina em plantas transgênicas de cana-de-açúcar, no entanto, chegaram a conclusão que esses valores não estavam associados ao ajuste osmótico por não haver diferenças significativas entre o tratamento com deficiência de água e o controle.

A salinidade reduz o crescimento e aumenta o teor de de aminoácidos de prolina em plantas de milho (MOLAZEM; AZIMI, 2015). AMINA QUATERNÁRIA GLICINA BETAÍNA A glicina betaína, é produzida como respostas das plantas estressadas em ambientes salinos, na tentativa de verificar os efeitos negativos nas células vegetais, como a perda de água. Este osmólito eleva a capacidade das células, sob estresses, preservar água, sem causar maiores danos às plantas (MARTINO et al. Os conhecimentos adquiridos com esse tipo de estudo são de extrema importância para que novas técnicas de manejo e culturas possibilitem aumentar a tolerância das plantas à salinidade. REFERÊNCIAS AGBOOLA, D. A. Effect of saline solutions and salt stress on seed germination of some tropical forest tree species. Revista de Biologia Tropical.

ASHRAF, M. FOOLAD, M. R. Roles of glycine betaine and proline in improving plant abiotic stress resistance. Environmental and Experimental Botany, Elmsford, v. CHARTZOULAKIS, K. The use of low [CO2] to estimate dissusional and non-diffusional limitatíons of photosynthetic capacity of salt- stressed olive saplings. Plant Cell Environ. CHICONATO, D. A. BRUNO, G. B. CRANEJ. H. Germination and vigour of pawpaw (Carica papaya L. MEDINA, E. Crecimiento y acumulación de prolina en dos genótipos decaña de azúcar sometidos a salinización con cloruro de sodio. Revista de la Facultad de Agronomía de la Universidad del Zulia, Maracaibo, v. p. GIANELLO, C. REDDY, M. P. Photosynthesis in highly salt tolerant plants. In: M. PESSERKALI ed. São Carlos (SP): Prado, 531p. MARTINO, C. DELFINE, S. PIZZUTO, R.

LORETO, F. F. NASCIMENTO, I. B. GHERY, H. R. MOLAZEM, M. AZIMI, J. Morpho-Physiological Characterization in Eight Varieties of Maize (Zea mays L. under Soil Salinity. Polish Journal of Environmental Studies, Olsztyn, v. F. DE CARVALHO, J. F. R. P. osmotic adjustment, chlorophyll fluorescence and oxidative stress. Physiologia Plantarum, Copenhagen, v. n. p. MUNNS, R. AZAIZEH, H. LEON, D. Hardening of root cell walls: A growth inhibitory response to salinity stress. Plant, Cell and Environment, v. p. TANIGUCHI, M. MIYAKE, H. Salinity Induces Granal Development in Bundle Sheath Chloroplasts of NADP-Malic Enzyme Type C4 Plants. Plant Prod. Sci. Salt and drought tolerance of sugarcane under iso-osmotic salt and water stress: growth, osmolytes accumulation, and antioxidant defense. Journal of Plant Interactions, 6:4, 275-282. Disponível em: dx. doi. org/10. p. RAHMAN, M. S.

MATSUMURO, T. MIYAKE, H. et al 2012. Salinidade: efeitos na fisiologia e na nutrição mineral de plantas. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer, Goiânia, v. n. p. RHOADES. J. D. DRAPER, J. H. DIETZ, K. J. The significance of amino acids and amino acidderived molecules in plant responses and adaptation to heavy metal stress. Journal Experimental of Botany, Oxford, v. p. Salt stress induced ion accumulation, ionhomeostasis, membrane injury and sugar contentes insaltsensitive rice (Oryza sativa L. spp. indica) rootsunder isoosmotic conditions. African Journal of Biotechnology, Bowie, v. p. California Agriculture, 38-39. TESTER, M. DAVENPORT, R. Na+ tolerance and Na+ transport in higher plantas. Annals of Botany, Cambridge, UK, v. Seed germination andradicle growth of a halophyte, Kalidium capsicum (Chenopodiaceae). Annals of Botany, Cambridge,UK, v. p. TORRES, S.

B. Tolerância das plantas à salinidade: Aspectos fisiológicos e bioquímicos. Enciclopédia Biosfera, v. p. YOUSIF, B. S.

100 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download