Relação entre desmatamento e efeito estufa: Possíveis medidas de mitigação

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Religião

Documento 1

Importância das medidas de mitigação no desmatamento 4 2. Efeito Estufa 4 2. Relação Desmatamento e Efeito Estufa 5 2. Medidas de Mitigação: O que considerar 11 2. Mitigação de GEEs no setor da agricultura, silvicultura e outro usos de terra (ASOUT)– Lado da Oferta 12 2. No Brasil, pode-se dizer que tal desflorestamento começou no instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. As caravelas portuguesas partiam do litoral brasileiro carregadas de toras de pau-brasil para serem vendidas no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a confecção de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir tecidos. Desde então, o desmatamento em nosso país foi uma constante.

wikipedia. org/wiki/Desfloresta%C3%A7%C3%A3o 2. Impactos causados pelo Desmatamento Impacto ambiental é um desequilíbrio provocado pela ação dos seres humanos sobre o meio ambiente. Pode resultar também de acidentes naturais: a explosão de um vulcão pode provocar poluição atmosférica; o choque de um meteoro, destruição de animais e vegetais; um raio, um incêndio numa floresta. Quando os ecossistemas sofrem impactos ambientais, geralmente a vegetação é o primeiro elemento da natureza a ser atingido, pois é reflexo combinado das condições naturais de solo, relevo e clima do lugar em que ocorre. É um fenômeno natural que possibilita a vida na Terra, uma vez que sem a presença destes gases, a temperatura média do planeta seria muito baixa (cerca de 18ºC negativos).

Esta troca de energia entre a superfície e a atmosfera proporciona uma temperatura média global, próxima à superfície, ideal ao desenvolvimento da vida (14ºC). Entretanto há uma constante preocupação com esse sistema de aquecimento natural do planeta pois o efeito estufa está aumentando muito rapidamente neste último século, está havendo uma alta emissão de gases como gás carbônico, metano e óxido nitroso para a atmosfera. A principal fonte de gás carbônico é a queima de combustíveis fósseis (carvão, gasolina, diesel) e as queimadas das florestas. Nestes últimos 140 anos, a temperatura do nosso planeta aumentou em média 0,76 oC. Relação Desmatamento e Efeito Estufa Assim como a queima de combustíveis fósseis emite gases do efeito estufa, contribuindo para intensificá-lo, as florestas influenciam no balanço de carbono da Terra.

Como vimos anteriormente, o Carbono (CO), o Dióxido de Carbono (CO2), o Vapor de Água (H2O), o Metano (CH4) e o Óxido Nitroso (N2O) são os gases do efeito estufa, e a intensificação das atividades humanas têm levado a um aumento da concentração desses gases na atmosfera, provocando a longo prazo o fenômeno conhecido como Aquecimento Global (JEREMY, 1992). O desmatamento é o principal responsável, depois da queima de combustíveis fósseis pós-industrialização, pelo lançamento de carbono na atmosfera. Alguns pesquisadores estimam que entre 1850 e 1985 o desmatamento foi responsável pelo lançamento de 100 a 130Gt de carbono na atmosfera e a queima dos combustíveis fósseis foi responsável por 190Gt (HALL, 1989). Já nas duas últimas décadas, a figura 3 mostra a quantidade de emissões de carbono (ou absorções, mostrada no gráfico como emissões negativas) de cada continente do planeta.

Considerando uma área total de 2. km², a média histórica de 1,5% ao ano corresponde a 30. km2 /ano. Não está claro porque teria diminuído. Mesmo sendo 1,1% ao ano (Agência Brasil, 2004), o total anual corresponde a 22. O desmatamento tropical pela queima da biomassa, para uso agrícola da terra, para pastos e para uso de madeiras, é também um grande responsável pelo crescente aumento de CO2 na atmosfera. As florestas contêm de 20 a 100 vezes mais carbono por unidade de área que as plantações ou pastos. Com o desmatamento, o carbono originalmente contido na vegetação e nos solos é liberado para a atmosfera em forma de CO2. Somente uma quantidade relativamente pequena de carbono é redistribuída na terra ou levada pelos rios. HALL, 1989) Por sua vez, os vegetais terrestres obtêm energia por meio da captação de CO2 atmosférico.

Do lado esquerdo da figura está o que o autor classifica como o “Lado da oferta”: os setores que fornecem alimento ou matéria prima, ou seja, terras agrícolas, terras de pastagem, silvicultura e florestas. Já no “Lado do consumo” estão inclusos a pecuária, os setores responsáveis pelo processamento de alimentos (indústria e manufatura), produção de bioenergia e o consumo final dos produtos. SMITH et al, 2013) Figura 8. Uso da terra global e o fluxo de biomassa em 2000, das fontes ao consumo final. Mitigação de GEEs no setor da agricultura, silvicultura e outro usos de terra (ASOUT)– Lado da Oferta Abaixo são elencadas algumas das principais medidas para a mitigação de GEEs no lado da oferta. SMITH et al, 2013) 2. Potencial de mitigação no setor ASOUT – Lado do consumo As duas opções existentes para redução de GEE através de mudanças na demanda por alimentos seriam: Redução de perdas de alimentos da cadeia de suprimento bem como no consumo final (exemplo de alimentos comprados e desperdiçados durante a preparação e o não consumo), e mudanças na dieta, no sentido de consumir menor quantidade de alimentos que requerem muitos recursos que influenciam na produção de GEE, ou a alimentação à base de vegetais para manter o fornecimento de proteína.

Em relação às perdas de alimentos na cadeia de suprimento, globalmente, é estimado que aproximadamente 30-40% de toda a produção é perdida entre a colheita e os consumidores finais. Perdas de até 40% ocorrem na fazenda ou durante a distribuição, como resultado de mau armazenamento, conservação e procedimentos. A tabela 1 mostra o potencial de redução de GEE relacionado à diversas situações simuladas no modelo IMAGE. SMITH et al, 2013) • As consequências positivas de medidas de mitigação incluem: • Aumento na produtividade de alimentos; • Melhora na qualidade e produção de água; • Melhorias na conservação da biodiversidade; • Desenvolvimento da agricultura sustentável; • Restauração de terras degradadas; • Aumento nas atividades econômicas; Em algumas situações as atividades relacionadas à mitigação podem resultar em consequências negativas. Com exemplos destas consequências pode-se citar a Competição com a disponibilidade de alimentos, pois as medidas de mitigação podem causar menor disponibilidade de terra, impactos sobre a disponibilidade de água e sobre a biodiversidade onde o projeto de mitigação envolve mudança no uso da terra.

Análise do potencial de mitigação no setor de ASOUT dado a minimização de impactos ambientais e mantendo a segurança na produção de alimentos SMITH et al (2013) acreditam que as medidas de mitigação para ter efeito sobre o aquecimento global devem ser implementadas concomitantemente. Algumas medidas de mitigação na parte de suprimento tem um impacto misto na segurança alimentar e podem melhorar a produção na agricultura (SMITH et al, 2013). Melhorias na fertilização e inibição de nitrificação, por exemplo, podem aumentar a produção das colheitas como uma medida de aumentar o sequestro de carbono. Brasil No Brasil, durante o governo de Lula, entre 2003 e 2010, a ministra do meio ambiente Marina Silva obteve êxito no combate ao desmatamento utilizando as seguintes medidas políticas: Moratória da Soja: Com relatórios do Greenpeace e de ONGs como a Amigos da Terra, o governo brasileiro descobriu que grande parte do desmatamento na região amazônica era provocado pela indústria de soja e de gado.

A indústria de soja respondeu por meio de suas duas principais associações comerciais: a Associação Brasileira de Indústrias de Óleos Vegetais e a Associação Nacional de Exportadores de Cereais, que declararam uma moratória de desmatamento, comprometendo-se a não comprar nenhum grão de soja produzido nas terras da Amazônia após 24 de junho de 2006. Seis anos após a entrada em vigor da moratória da soja, estudos com base em imagens de satélite permitiram mostrar o seu sucesso. Rudorff et al. descobriram que até o ano-safra 2009–2010 apenas 0,25% de terras com cultura de soja tinham sido cultivadas em áreas desmatadas desde a implementação da moratória. Os matadouros comprometeram-se a comprar gado somente de fazendeiros registrados no Cadastro Ambiental Rural. Como precursor do registro, os fazendeiros tinham de fornecer as coordenadas de GPS dos limites de suas propriedades, permitindo assim a comparação de um mapa das fazendas com um mapa de desmatamento.

Desse modo, as moratórias foram reforçadas por comprometimentos obrigatórios por lei. Além disso, supermercados que comprassem carne de matadouros fora do Cadastro Ambiental Rural, seriam considerados responsáveis. USCUSA, 2013). Para a obtenção de dados de emissões são utilizados os dados da área desmatada que já estão sendo coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que parte da taxa média de desmatamento de 1996– 2005 para tirar algumas conclusões simples e prudentes: a floresta amazônica deverá conter 100 toneladas de carbono por hectare (embora esse valor seja com certeza maior na maioria da região); e a redução das emissões estimada é paga a uma taxa fixa de 5 dólares por tonelada de CO2. Considerados em conjunto, esses dois pressupostos significam efetivamente que o Brasil está recebendo bastante menos pelas suas reduções das emissões do que receberia se elas fossem vendidas para créditos em um mercado de carbono internacional e que o país está absorvendo a maior parte do próprio custo de oportunidade (Boucher, Roquemore e Fitzhugh 2013).

Além disso, o Acre e o Pará também captaram recursos do Reino Unido e Alemanha. Esses acordos mostram o compromisso da comunidade internacional em apoiar os esforços dos países tropicais. Ao fazer isso, ajudam a reforçar as mudanças políticas que estiveram na origem da intensificação das ações contra o desmatamento. Madagascar Madagascar é um país que tem uma rica biodiversidade, com exemplares da fauna e da flora únicos. O desmatamento, após a povoação da ilha, se espalhou nas três regiões do país: as florestas tropicais no leste, as florestas espinhosas de regiões áridas no oeste, e as montanhas centrais. No século XXI, apenas cerca de 16% das terras de Madagascar permaneciam com cobertura florestal. Para diminuir o desmatamento, Madagascar se comprometeu a aumentar em 3 vezes a área de terras sob proteção, iniciando um projeto de criação de corredores florestais com o “Corredor Ambositra-Vondrozo” (COFAV) no sudeste de Madagascar, onde as principais atividades econômicas são o pasto de gado, o corte de madeira e o cultivo de arroz, café e banana.

Esse corredor foi selecionado porque suas florestas são ricas em biodiversidade e também porque serve como uma conexão entre a planície existente e as áreas protegidas das montanhas. O trabalho foi concentrado nos solos mais férteis, às vezes com novas culturas, e sua produtividade agrícola aumentou substancialmente. O resultado foi que tanto a agricultura como as florestas puderam expandir simultaneamente. USCUSA, 2013). CONCLUSÃO Assim como buscamos conforto e desenvolvimento econômico para que as necessidades atuais dos seres humanos sejam supridas pensando somente no hoje, devemos também nos preocupar com o futuro das próximas gerações usando os recursos naturais que possuímos de forma inteligente e mais consciente possível, para que não haja agressão ao meio ambiente e que tais recursos se mantenham no futuro.

Podemos observar que o planeta Terra já vem respondendo sobre a exploração antropológica que sofre/sofreu na última década. com. br/efeitoestufa/efeito_estufa_a_contribuicao_do_desmatamento. htm > Acesso em 15/04/2016 INPE. Estimativas de emissões recentes de gases do Efeito Estufa pela pecuária no Brasil. Disponível em: http://www. Esforço Internacional mapeia desmatamento no mundo. oeco. org. br/noticias/27778-esforco-internacional-mapeia-desmatamento-no-mundo/ Acesso 15 de abril de 2016. O GLOBO. R. N. Silva, A. A. Neves, M. conhecer. org. br/enciclop/2013a/agrarias/producao%20e%20sequestro. pdf Acesso em 15 de Abril de 2016 HOUGHTON, R. A. shtml. Acesso 15 de abril de 2016. O GLOBO, Faria, Marcus Vinicius Castro. A vegetação e os impactos do desmatamento Disponível em http://educacao. globo. Food and agriculture organization of the United Nations. Statistics division.

Disponível em http://faostat3. fao. org/browse/g2/gf/e Acesso em 15/04/2016 SMITH P. Disponível em: www. ined. fr Acesso em 17/04/2016 PENA, Rodolfo F. Alves. Desmatamento"; Brasil Escola. “Possíveis Causas do Desmatamento”. Disponível em http://www. suapesquisa. com/desmatamento/causas. htm. n. p. jan. abr. MEYFROIDT, P. Proceedings of the National Academy of Sciences 106(38):16139–16144. MEYFROIDT, P. and E. F. Lambin. Verified Carbon Standard (VCS). b. Reduced emissions from deforestation in the Ambositra-Vondrozo Forest Corridor (COFAV)—Madagascar monitoring report 2007–2012. Washington, DC.

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