Psicogênese da Língua Escrita

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Um nome teve muita importância nos últimos anos, o da psicolinguista argentina Emília Ferreiro, seus livros causaram um grande impacto sobre o processo de alfabetização, influenciando até mesmo as normas do governo para a alfabetização, como, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). A psicogênese da língua escrita não apresenta nenhum método pedagógico, mas revelam os processos de aprendizado das crianças, colocando assim em questão a eficácia dos métodos tradicionais. O nome de Emília Ferreiro tornou-se referencia passando a ser ligado ao construtivismo e por sua vez a Jean Piaget (1896 – 1980) na pesquisa dos processos de aquisição e elaboração do conhecimento infantil, ou seja, como a criança aprende, dando ênfase aos mecanismos cognitivos relacionados à leitura e escrita.

Para Piaget e Emília as crianças são sujeitos ativos e constroem o próprio conhecimento, para eles o processo de conhecimento das crianças ocorre de maneira gradual e varia de criança para criança, dependendo de uma assimilação e de uma reacomodação dos esquemas internos. A Psicogênese recusa o uso das cartilhas dos métodos tradicionais, pois tornam o aprendizado artificial e desinteressante; nessa perspectiva a criança deve ser estimulada a utilizar e conviver com textos variados e atuais, como: historias jornais, revistas, etc. Devemos destacar que a psicogênese da língua escrita é uma abordagem psicológica que pesquisou o processo de como a criança se apropria da língua escrita, ou seja, não é um método de ensino, por isso, é de extrema importância que os professores aprofundem os seus conhecimentos a respeito de uma abordagem e que não comecem a utilizá-la sem o conhecimento necessário ou apenas por modismo.

No final da década de oitenta, secretarias de educação, motivadas pelo fracasso escolar e sob forte impacto das descobertas da psicogênese, tentaram a luz da teoria elaborar um método inovador de alfabetização, diferente do método das cartilhas. O fracasso dessa didática equivocada fica evidente porque a especificidade da alfabetização deixa de ser trabalhada, ou seja, a escrita é um conjunto de habilidades e para que seja adquirida é necessário relacionar as unidades de sons da fala aos símbolos gráficos. Afinal, excluir totalmente a sistematização do ensino e a especificidade da alfabetização, tem sido ineficiente. Dentre os muitos equívocos decorrentes da má interpretação e aplicação da psicogênese da língua escrita, podemos destacar um que é a causa do atual fracasso escolar: a confusão entre alfabetização e letramento.

Por fim, sabemos que os problemas educacionais no nosso país são imensos, porém apenas a teoria por si só não resolverá a situação, é necessário adentrar na realidade escolar do nosso país que possui imensas diferenças socioculturais e econômicas. Por isso, é importante a figura do professor que deve estar aberto a novos conhecimentos e de maneira reflexiva e crítica escolher o que é melhor para seus alunos de acordo com a realidade na qual estão inseridos. Referências COELHO, Sonia Maria. A Alfabetização na Perspectiva Histórico-cultural. Caderno de formação: formação de professores didática dos conteúdos. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Graduação. Caderno de formação: formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos.

São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. avm. edu. br/monopdf/4/ROBERTA%20FERNANDES%20COUTINHO. pdf.

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