A importância do mito na Grécia antiga

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

Prof. CIDADE ANO SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO. NOCÃO GERAL DE MITO. IMPORTÂNCIA DO MITO PARA A RELIGIÃO HELENICA. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Não podemos negar que antes fora precedida do mítico, que por essa razão é de grande importância, não somente para religião como a cultura grega antiga. Mais precisamente a partir do final do (séc. XIX d. C. com a expansão das pesquisas arqueológicas e históricas, cresce o interesse pela natureza da chamada mentalidade primitiva ou arcaica. Mytbus), tinha uma gama de significados dentro de uma idéia principal: “discurso, mensagem, palavra, assunto, invenção, lenda, relato imaginário”. Além da acepção geral de "narrativa", na qual essa palavra é usada, por exemplo, na Poética de Aristóteles.

Abbagnano dar-nos o significado do termo como sendo composto no ponto de vista histórico, de três significados: 1º Como forma atenuada de intelectualidade; 2º como forma autônoma de pensamento ou de vida; e 3º como instrumento de estudo social. Após a apresentação das três, uma breve descrição é feita pelo autor sobre cada uma, a primeira forma é vista na antiguidade clássica, em que o Mito é considerado um produto inferior ou deformado da atividade intelectual, a ele se atribuíam, no máximo, "verossimilhança", enquanto a "verdade" pertencente aos produtos genuínos do intelecto. A esse conceito, como verdade imperfeita ou diminuída frequentemente se une a atribuição de validade moral ou religiosa, supondo uma não demonstração clara concebível, mas sempre tendo o seu significado claro, ou seja, o que ele ensina sobre a conduta do homem em relação aos outros homens ou em relação ao divino.

A tentativa de explicação do mundo enquanto (ordem) cosmológica, é em primeira instância um problema antropológico. No entanto o Mito está absolutamente mergulhado nas religiões e com autonomia é criado, dando significado ao mundo manifesto, nos fenômenos da natureza, no cosmo (universo) externo e ao mesmo tempo quer dar sentido ao mundo intelectivo de um universo interno, tendo como referência o “eu”. Diante destas noções apresentadas, conseguiremos já perceber o Mito, como importante para a religiosidade, mas também cultura helênica. IMPORTANCIA DO MITO Ao iniciarmos esse capítulo se faz importante entendermos alguns aspectos essenciais, dentre esses a localização da Grécia antiga, que está situada ao sul da Europa, na parte oriental do Mediterrâneo, na península Balcânica. Tendo seus limites ao norte com a atual Albânia, Iugoslávia e Bulgária, ao leste com a Turquia, ao sul com os mares Jônico e Egeu.

Os Mitos remontam à época em que ainda não se havia escrita na Grécia e, por essa razão, eram difundidos por meio da palavra falada. Os grandes representantes desse tipo de narrativa, os poetas Homero e Hesíodo, que viveram provavelmente entre (750 e 650 a. C), em seu período mais tardio; no qual a escrita é redescoberta pela cultura grega e permitindo, assim, o registro das antigas narrativas. As principais obras desses autores, a Ilíada e a Odisséia, no caso de Homero, e a Teogonia e Os Trabalhos e os Dias, no caso de Hesíodo; fornece-nos o mais remoto testemunho da antiga cultura helênica no tocante a mitologia. A principal característica das narrativas míticas é a função de explicar e organizar a realidade. Ela constitui a estrutura de explicação da realidade utilizada nas narrativas míticas e, por essa razão, repete-se nos diversos acontecimentos e personagens dos mitos antigos.

Manifestando exemplarmente, nos personagens centrais, essa diferença entre humano e divino, mortal e imortal, natural e sobrenatural ou ordinário e extraordinário, constituindo um modo próprio através do qual os mitos gregos explicavam e organizavam os fenômenos da realidade. Todos os eventos naturais, os fenômenos políticos e os estados psicológicos, estão, aos olhos dos gregos no Mito, explicando os acontecimentos da realidade significa nesse contexto descobrir as causas sobrenaturais ou divinas dos fenômenos naturais ou humanos. Todos esses casos organizam seus elementos sobre a mesma estrutura de sentido: assim, expressam o modo específico de explicação da realidade das antigas narrativas míticas. Os relatos mitológicos referem-se ao mundo dos deuses, o surgimento da realidade e dos diversos fenômenos humanos; elas constituem uma forma de “conhecimento” próprio dos gregos.

O Mito tem função importante e essencial, em que todas as atividades, tais como nascimento, casamento, guerra, comércio e morte, são ritualizadas e mitologizadas para que ganhem sentido. Dentre os aspectos culturais associados aos mitos estão as tradições de um povo. É possível encontrar em meio aos processos interacionais de um grupo social organizado vivências de fundo coletivo que transmite seu modo de organização subjetiva, seus padrões de interação, os processos de vinculação intersubjetiva e a forma como cada indivíduo poderá ser visto dentro de cada formação social. Na constituição da cultura, o Mito contribui para o desenvolvimento individual e coletivo. As ações estruturantes existentes nestas narrativas possuem a capacidade de gerarem padrões de comportamento que garantam a evolução, infundindo socialmente referências de um padrão mais adequado de comportamento, como por exemplo, um herói mitológico, que possui a função de reportar o indivíduo para o comportamento adequado, introduzindo ou corrigindo o indivíduo na perspectiva de sua totalidade.

C. no entanto, os gregos passaram a desenvolver uma nova forma de discurso que pretendeu, explicitamente, superar as antigas narrativas míticas. Embora o predomínio da poesia tenha sido enfraquecido em função dessa novidade e também em função das diversas mudanças sociais que lhe acompanharam a estrutura mítica de explicação dos fenômenos jamais deixou de povoar e influenciar a relação intelectual dos homens com o mundo. Por essa razão, é possível percebê-la em épocas mais recentes da história. É possível inclusive perceber sua presença na época atual. São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. ARISTÓTELES. Poética. Tradução Eudoro de Sousa. ed. A Cidade Antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. ELIADE, M. O Sagrado e o Profano: a Essência das Religiões.

ed. São Paulo: Atlas, 2008. HESÍODO. Teogonia: a origem dos deuses. Estudo e Tradução Jean Torrano. Mitologia Clássica: Guia Ilustrado. Lisboa: Editorial Estampa, 1997. VERNANT, J. P. As Origens do Pensamento Grego.

200 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download