Resenha A História repensada

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Religião

Documento 1

Revisão Técnica de Margareth Rago. São Paulo, Contexto, 2001. A presente obra “A História repensada” de autoria de Keith Jenkins, composta por cinco capítulos irá fazer uma abordagem de caráter reflexivo sobre a essência da História e as modificações que essa ciência sofreu. Destinado tanto a introdução para aqueles que ainda não se deparou com o assunto, quanto para aqueles que já conhecem. Inicialmente, Jenkins faz uma crítica a própria teoria da História, a falta de produção atual e principalmente a falta de familiaridade com essa teoria, pois segundo Jenkins, ao entrar numa livraria, é fácil encontrar uma vasta gama de diversas teorias, mas quando se trata de teoria da História, o que ainda pode ser encontrado, são obras atuais de Foucault ou de Bloch.

Tendo dado uma definição de história, o autor trabalha a história de modo que ela possa dar respostas para o tipo de pergunta básica que frequentemente surge com referência a natureza da história. Keith apresenta alguns argumentos como o de, Elton e outros, segundo os quais a meta do estudo histórico é obter um conhecimento real, verdadeiro e opinou que isso, rigorosamente falando é impossível. Mas para que precisamos de verdade? Sem a verdade, certas pretensões que determinam as coisas de uma vez por todas ficariam impotentes. Também cruciais são os argumentos cristãos nas quais a palavra de Deus é a verdade e de que conhecê-lo é conhecer a verdade de que o cristianismo fornece critérios para julgar tudo e todos na balança do certo e do errado.

Keith cita alguns teóricos como Richard Rorty que comenta que cerca de dois séculos atrás os europeus perceberam que a verdade era sempre criada e nunca descoberta, já adentrando na questão do discurso criado e que é legitimado pelo o poder, ele cita Michael Foucault. Existe uma diferença entre as fontes primárias (vestígios do passado) e os textos secundários, e essa diferença deixa de aplicar-se, sobretudo no nível das fontes secundária, onde é obviamente possível usar um texto secundário como fonte primária. Os historiadores, quando fazem os seus trabalhos de pesquisa, vão não a fundo, mas para todos os lados, passando de um conjunto de fontes a outros. Assim, quando elaboram seus relatos, eles na prática estão fazendo estudos comparativos.

Se não se enxergamos e usamos a palavra “fontes” em lugar de “vestígios”, se denominarmos “primárias” algumas daquelas fontes e se as vezes substituímos “primárias” por “originais”, isso dar a entender que, se formos aos originais, poderemos adquirir conhecimento verdadeiro, pois os originais parecem profundos. Assim, prioriza-se a fonte original, faz-se dos documentos um fetiche e distorce-se todo o processo de produzir história. A História repensada (Rethinking History) do historiador inglês Keith Jenkins também permite aos historiadores se localizarem com mais precisão perante as mudanças provocadas pelo pós-modernismo.

334 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download