Fertilidade e Nutrição da Soja

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Outro

Documento 1

Ao longo deste trabalho você irá conhecer um pouco mais aprofundado sobre fertilidade, destacando pontos, como, diagnose foliar, quantidade de nutriente por plantas, calagem, gessagem e vários outros tópicos. Desenvolvimento Amostragem do solo A recomendação de adubação e de calagem baseia-se principalmente na análise de solo para a avaliação das necessidades de corretivos da acidez e de fertilizantes. A análise foliar fornece apenas informações complementares referentes à nutrição das plantas e pode auxiliar no planejamento e na execução de um programa de adubação, principalmente a partir da safra posterior àquela em que foi realizada a análise. Como as recomendações de adubação e calagem são orientadas em grande parte pelos teores dos nutrientes determinados na análise de solo, é imprescindível que estes teores reflitam o real estado de fertilidade do solo.

Ou seja, apenas haverá sucesso no aumento da produtividade das culturas e uma utilização racional de fertilizantes e/ou corretivos através da correta amostragem de solo ou folhas, da correta execução da análise de solo e folhas no laboratório e da interpretação dos resultados analíticos para as condições regionais por profissionais habilitados. Interpretação da análise de solos As recomendações de adubação e calagem devem ser orientadas pelos teores dos nutrientes determinados na análise de solo e pelos objetivos de produtividade. No entanto, não podemos nos esquecer que para a interpretação dos resultados de análise somente será segura e confiável se houver o conhecimento do histórico da área, se amostragem representa realmente a condição de fertilidade da gleba e se a posterior análise no laboratório foi bem feita, utilizando metodologias padronizadas cujos teores extraídos apresentam uma boa relação com a produtividade das culturas na região.

Em geral as plantas não são muito sensíveis a variações nas relações entre cátions determinados na análise de solo. Isto significa que no manejo da fertilidade do solo é mais importante a manutenção de teores individuais dos principais cátions em nível suficiente (Ca > 2 cmol dm quando CTC < 8 cmol dm ou Ca > 4 cmol dm quando CTC 8 cmol dm ; e Mg > 0,8 cmol dm ). Assim, não é necessária uma preocupação exagerada com as relações entre os nutrientes, sendo que as mesmas devem ser encaradas apenas como variáveis auxiliares da análise de solo. No entanto, isto não é preocupante quando a calagem é realizada com critério, pois, em solos ácidos, os benefícios do aumento de disponibilidade de fósforo (P), molibdênio (Mo), nitrogênio (N), cálcio (Ca), magnésio (Mg), boro (B) e enxofre (S) podem sobrepor a redução na disponibilidade de ferro, zinco, cobre e manganês.

Deve-se fazer a correção do pH dos solos quando, a análise de solos feita com até 20 cm de profundidade quando: • O pH do solo estiver abaixo de valores entre 5,8 e 6,2; • A saturação de bases estiver abaixo de 60%; • Houver presença de alumínio trocável. Após ser feita a análise de solos deve-se jogar os resultados na seguinte fórmula: Onde: NC (t. ha-1): Necessidade de calcário em toneladas por hectare; V2: Valor da saturação de bases desejadas; V1: Valor da saturação de bases presente no solo; CTC: Capacidade de troca de cátions; f: fator de correção do Poder Real de Neutralização Total (PRNT). Modo de Aplicação Em áreas de abertura: É interessante incorporar o calcário na camada de 0-20 cm de profundidade.

dm de Mg, deve ser dada preferência para materiais que contenham o magnésio (calcário dolomítico e ou magnesiano) a fim de evitar que ocorra um desequilíbrio entre os nutrientes. Como os calcários dolomíticos encontrados no mercado contêm teores de magnésio elevados, deve-se acompanhar a evolução dos teores de Ca e Mg no solo e, caso haja desequilíbrio, pode-se aplicar calcário calcítico (<5,0% MgO) para aumentar a relação Ca/Mg; Objetivos da Calagem • Baixa solubilidade de Ferro, Alumínio e Manganês, compreende em baixa toxidez; • Fornecer Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg); • Alta disponibilidade de minerais; • Alta atividade microbiana; • Alta eficiência das adubações; • Alta eficiência nos fertilizantes; • Melhora as propriedades físicas do solo, como, a aeração e a circulação de água; • Eleva o pH; • Reduz ou elimina os efeitos tóxicos do Al, Fe e Mn; • Reduz a “fixação” de Fósforo (P); Gessagem Nos solos do Brasil, nem sempre é possível fazer a calagem, para a correção da acidez em profundidades maiores de solos.

Por este motivo se faz a Gessagem, que é a correção da acidez dos solos á maiores profundidades. A Gessagem pode eliminar produtividade onde é frequente a ocorrência de veranicos, porém diminui a saturação por alumínio (m%), em camadas mais profundas, mas não neutraliza a acidez do solo. Recomenda-se a utilização do gesso agrícola para realizar-se a Gessagem, quando a saturação por alumínio for maior que 20%, ou quando o teor de cálcio (Ca), for menor que 0,5 cmolc. É um nutriente bastante móvel no floema, provocando sintomas de deficiência, inicialmente, nas partes mais velhas da planta. Esses sintomas são: clorose total, seguida de necrose, devido à menor produção de clorofila. Quando a planta é deficiente em N, a relação carboidratos solúveis/proteína é maior, pois há falta de N para a síntese de proteína.

Uma particularidade do N é o acúmulo de NO3 nas plantas, que ocorre quando não há reação de redução pelo sistema enzimático. Uma enzima, responsável por essa reação, é o dinucleotídeo de flavina e adenina (FAD), que possui o Mo como grupo prostético. Os 30% restantes são adsorvidos às proteínas, das quais se libertam quando a planta envelhece. A função melhor esclarecida do K é de ativador enzimático, pois cerca de 60 enzimas requerem sua presença, muitas vezes em caráter insubstituível para sua ativação, tais como, enzimas para o desdobramento de açúcares e enzimas para síntese de amido e proteína. Apesar do K não fazer parte dos compostos da planta, a concentração encontrada nela é alta (no caso da soja, cerca de 3%).

Uma explicação para isso é a baixa afinidade entre o K e a proteína enzimática, pois ele pode ser substituído por outros cátions como Na+ e Mg2+. O K regula a abertura e o fechamento dos estômatos nas células-guarda e a turgidez do tecido, criando condições favoráveis para as reações da fotossíntese e outros processos metabólicos. O cálcio é um nutriente com baixa mobilidade no floema, com consequente aparecimento dos sintomas de deficiência nos tecidos novos das plantas. Veja a seguir um de seus sintomas de deficiência: Mg – Magnésio É absorvido como Mg2+, sendo fortemente influenciado pela presença de K+ e de Ca2+ no meio. O Mg corresponde a 2,7% do peso da clorofila, fazendo parte na sua composição química (50% de Mg contido nas folhas estão no cloroplasto), sendo fundamental nos processos de fotossíntese.

A clorofila é o único composto estável, abundante nas plantas, que contém um átomo de Mg não dissociável. O Mg ativa mais enzimas do que qualquer outro elemento. Alta concentração de fósforo no substrato, diminue a absorção de Zn. Existem várias enzimas ativadas pelo Zn, como sintetase do triptofano, desidrogenase (alcoólica, glutâmica e láctica), aldolases e anidrase carbônica. Na síntese do triptofano, a ausência de Zn diminue a síntese do AIA e, por isso, as células ficam menores, pode-se observar que os folíolos ficam menores e com áreas cloróticas internervais, porém os sintomas mais severos aparecem nas folhas basais, como na próxima figura: Cu – Cobre A absorção é na forma de Cu2+, a qual é inibida por altas concentrações de P, Zn, Fe e Mn.

Há várias enzimas contendo Cu ou por ele ativadas, como as oxidases (lacase, polifenol, oxidase, ácido ascórbico, do citrocomo e diamino oxidase. A nodulação é menor, em leguminosas carentes em cobre. Mo – Molibidênio Quando o pH do meio é igual ou maior que 5,0, o Mo é absorvido predominantemente como MoO42-. A nitrogenase também contém Mo e é necessária para fixação simbiótica do N2. A participação do Mo como cofator nas enzimas nitrogenase, redutase do nitrato e oxidase do sulfeto, está intimamente relacionada com o transporte de elétrons durante as reações bioquímicas. A redução do nitrato a nitrito é catalizada pela enzima adaptativa redutase do nitrato, que requer a presença de flavina (NAD) e Mo, durante a reação. Os sintomas de deficiência aparecem nas folhas mais velhas, pois ele é móvel na planta, sendo que podemos observar clorose nas folhas: Considerações Finais O mundo gira em torno da agricultura.

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