Blogueiras Feministas

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

Documento 1

Através de diversas formas de transmissão de cultura – mídia em geral, conversas familiares e entre amigos, entre outros – a cor de pele tida como “branca” nunca é tratada como uma questão. É como se não existisse uma cor, passasse despercebida. Quando essas pessoas conseguem alguma coisa, não associam a conquista à sua identidade ou classificação racial, mas a um mérito individual que muitas vezes não existe. Nosso objetivo neste ensaio é tratar sobre mulheres. Tentamos por meio de algumas estratégias teóricas explicar o porquê de que se viver e expressar uma identidade negra é tão difícil, em termos de manipulação social, em nossa sociedade. Cita Kabengele Munanga “o mito da democracia racial dissolve, atenua e encobre as tensões, conflitos e preconceitos raciais presentes no Brasil”.

Relata o desenvolvimento do capitalismo comercial que se deu “a partir da expansão europeia no século XV, que teve como resultado o contato dos europeus com populações não-brancas, como as africanas, em que o racismo foi construído ideológico e politicamente enquanto sistema de exploração e dominação a partir da negação da humanidade do negro, que assim, então, justificava a escravização de milhões de africanos “. A autora ressalta a questão da mídia que exalta a beleza das mulheres brancas, em que “. o branqueamento é um valor e um modelo hegemonicamente estabelecido ao qual se deve buscar atingir … “ Trata o alisamento do cabelo em que busca- se apagar a afrodescendência, levando em consideração os fatores biologicos da brancura como a cor da pele , o cabelo liso” … que uma mulher mestiça nunca vai atingir de uma maneira que não fique “artificial”, além de nunca ser considerada como branca, afinal, mesmo alisando o cabelo, a cor da pele e traços como boca e nariz ainda vão remeter a uma negritude que se tenta tanto negar …”, e pensa no processo de afirmação de uma identidade étnico- racial, na forma de violência sofrida nesse processo.

Fernanda Sousa fala sobre sua infância que mantinha seu cabelo natural, até que várias pessoas, inclusive a mãe, falavam do alisamento do cabelo, que Fernanda chama de “domar o cabelo”, então decidiu fazer o relaxamento por duas vezes entre seus 12, 13 anos, fazendo até chapinha, porém, não gostou achou horrível pois, tinha lábios grossos achou que não combinava, resolvendo então deixar o cabelo natural. Sueli Carneiro traz a questão do corpo estigmatizado, da forma de opressão com o corpo das mulheres negras. Diz que o feminismo esteve por muitas vezes prisioneiro da visão eurocêntrica e universalizante das mulheres. Aponta as questões do feminismo negro. Relata a luta das mulheres negras brasileiras contra a opressão de raça e de gênero.

O movimento de mulheres negras mostra as contradições das variáveis raça, classe e gênero. Autora desconhecida para nós, e não foi identificada no texto. Priscila Caroline então, faz os seguintes questionamentos “Por que homens negros e pobres parecem uma ameaça? Que questões o fato coloca para o movimento feminista?” Segundo ela, a resposta por parte das mulheres participantes da Marcha das Vadias de Brasília foi frágil e insuficiente. Foi difícil para elas entender as críticas que estavam sendo colocadas. A autora acredita que isso acontece pelo fato de a maioria dessas mulheres ocuparem um “lugar de branquitude”. Lugar confortável em que se desenvolveram o feminismo e as questões de gênero. Não se trata de reforçar a ideia de um sujeito coletivo homogêneo, em que todas as mulheres devem ser vistas como iguais.

Trata-se de encontrar as intersecções possíveis na nossa luta, aquelas em que se eliminem as opressões que insistem em permanecer. O lugar comum da nossa luta é o da construção de um Feminismo antirracista, que se for possível não está ancorado em categorias abstratas e sim em soluções concretas. ” Achamos interessante, o fato de Priscila Caroline, como mulher branca, fazer uma reflexão tão boa quanto as questões raciais. Porém, nosso questionamento seria, um sujeito oculto no início do texto, por que fica subentendido que ela seria uma mulher negra, pois “ataca” de certa forma as mulheres brancas como um sujeito oposto a ela, tratando-as na terceira pessoa. Estudos Avançados, 17 (49), 2003, p.

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