Métodos de levantamentos e de estudos

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

Documento 1

Nesta unidade de Aprendizagem você vai aprender a diferenciar os levantamentos bibliográfico, documental e de campo, contrastar pesquisa-ação de pesquisa participante e pesquisa etnográfica, além de reconhecer os elementos que definem e caracterizam um estudo de caso. Bons Estudos! Métodos de levantamentos e de estudos Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: • -Objetivo 1: Diferenciar os levantamentos bibliográfico, documental e de campo • - Objetivo 2: Contrastar pesquisa-ação de pesquisa participante e pesquisa etnográfica • -Objetivo 3: Reconhecer os elementos que definem e caracterizam um estudo de caso Introdução Neste capítulo você terá uma visão geral dos tipos de pesquisas científicas, possuidoras de métodos específicos de investigação. Classifica-se deste modo, procedimentos de coleta, que podem ser realizados por meio de pesquisas como: Pesquisa Bibliográfica, Pesquisa Documental, Pesquisa Ação, Pesquisa Participante, Pesquisa de Campo e Estudo de Caso.

Você irá, por exemplo, observar que uma investigação metodológica pode conter semelhanças e diferenças e até alguns momentos que envolvem uma continuidade ou sobreposição entre os métodos, possibilitando o uso de múltiplos métodos em um único objeto de estudo. Você também irá notar que todos esses procedimentos de coleta (pesquisa documental, pesquisa ação, pesquisa participante, pesquisa de campo e estudo de caso), sempre terão seu apoio em uma pesquisa bibliográfica enquanto fundamentação teórica para efetivamente iniciar o trabalho de campo. Por esse caminho, ao final do trabalho, haverá uma contribuição, seja ela, concordando, discordando ou dialogando em relação ao que foi encontrado nos autores pesquisados. Assim, a citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite demonstrar contradições ou reafirmar variáveis pesquisadas ao longo da história.

Pesquisa Documental A pesquisa documental possui como principal característica nas visões de autores como Severino (2007) e Bell (2008) a utilização de fontes que vão além dos documentos impressos, fazendo uso de outros tipos de documentos, tais como jornais, fotos, filmes, gravações, documentos legais. Bell (2008) nos lembra que a maior parte dos projetos exige a análise de evidências documentais. Em alguns casos, isso se dá para integrar informações obtidas por meio de outros métodos de pesquisa que estamos utilizando em nosso estudo. Nas investigações, em geral, nunca se utiliza apenas um método ou uma técnica, mas todos os métodos que forem necessários ou apropriados para determinado caso. Na maioria das vezes, há uma combinação de métodos usados simultaneamente.

Este é o caso da pesquisa de campo (qualitativa ou quantitativa). Portanto, antes de iniciar qualquer pesquisa de campo, o primeiro passo é a revisão bibliográfica, seguida de um levantamento bibliográfico, e em alguns casos, relacionando-se com fontes documentais e dados históricos. Tais tarefas, como a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e a pesquisa de campo, podem ser executadas ao mesmo tempo. Assim, a pesquisa-ação é “comprometida e intencional” (GRAY, 2012:254). Severino (2007), também ressalta esse aspecto, explicando que a pesquisa-ação tem como objetivo primordial, intervir na situação, com vistas a modificá-la. Nesta modalidade, realiza-se ao mesmo tempo, a análise de uma determinada situação e as mudanças que podem levar ao aperfeiçoamento do que se foi diagnosticado nesta análise. Pesquisa Participante A pesquisa participante ou “observação participante” segundo Uwe Flick (2009) é uma forma de observação ou estratégia de campo que combina, ao mesmo tempo, análise de documentos, entrevista de respondentes e informantes, participação e observação direta.

Para ele, na pesquisa participante o pesquisador deve, cada vez mais, torna-se um participante, obtendo acesso ao campo (grupo estudado) e as pessoas, além de sempre manter-se concentrado nos aspectos essenciais que determinaram suas questões de pesquisa. Tanto a pesquisa participante, quanto a pesquisa etnográfica são métodos comuns na Antropologia e Sociologia, que coletam seus dados por meio da observação participante do cotidiano de comunidades tradicionais (quilombos, tribos indígenas) ou grupos possuidores de problemáticas urbanas (prostituição, violência em territórios vulneráveis, presídios, crime organizado, etc). No estudo etnográfico e na pesquisa participante pode envolver uma comparação entre sociedades empregando recursos para o levantamento de dados como entrevistas, histórias de vida, questionários e outros. Todavia, nessas modalidades de pesquisas, por motivos de ordem prática, deve-se limitar sua investigação a uma amostra, que envolve um número reduzido de indivíduos.

Para tanto, utiliza-se o que é chamado de “caderno de campo” que nada mais é do que um diário de pesquisa que permite as anotações e registros que vão além da descrição dos fatos, pois, contém elementos que indicam o local e data em que se deu uma determinada manifestação, assim como informações detalhadas sobre os participantes de cada situação. Portanto, o diário de pesquisa ou caderno de campo realiza o realiza o registro cotidiano de uma pesquisa etnográfica ou de uma pesquisa participante. Ele explica que essa escolha estará relacionada primordialmente com a sua pergunta ou problemática de pesquisa. Por isso, é ressaltado por ele, que o caminho para um estudo de caso sempre deve começar por uma revisão da literatura, auxiliando as buscas por hipóteses em relação aos objetivos da pesquisa.

Ele ainda acrescenta que a revisão da literatura pode auxiliar na determinação de questões significativas, “[. mais perspicazes e reveladoras sobre o mesmo tópico” (YIN, 2015:15). Em outras palavras, a sugestão dada por Yin (2015) para que você saiba se escolhe ou não o uso do método estudo de caso em sua pesquisa é a de observar sempre e em primeiro lugar, a questão contida em sua pesquisa. Sobre o uso de casos múltiplos, ele adverte que essa escolha pode demandar tempo e dinheiro, porém envolve uma possibilidade comparativa entre os vários casos, o que pode ser relevante para a análise de seu objeto de estudo. Yin avalia que estudos de caso único e de casos múltiplos debruçam-se em situações que envolvem desenhos de pesquisas diferenciadas, mas explica que, mesmo dentro desses dois tipos, podem existir unidades unitárias ou múltiplas para a análise.

E mais uma vez, o autor adverte que essa decisão (caso único ou casos múltiplos) deve estar relacionada às questões colocadas pela investigação do pesquisador. Para qualquer campo de interesse, Robert Yin (2015) sugere que a necessidade de se utilizar uma pesquisa de estudo de caso sempre surge do desejo de se entender fenômenos sociais complexos. Ele ainda ressalta que a força desse método está na capacidade de lidar com uma ampla variedade de evidências como “documentos, artefatos, entrevistas e observações” (YIN, 2015:13). E. Pesquisa no mundo real. ed. Porto Alegre: Penso, 2012. p. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. ed. Porto Alegre: Penso, 2010. FLICK, U. V. Org. Manual de produção científica. Porto Alegre: Penso, 2014. p. Porto Alegre: Penso, 2013.

STRAUSS, A. CORBIN, J. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. ed.

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