CONCEITO DE POSIÇÃO E MECANISMOS DE DEFESA. MELANIE KLEIN E A IDEIA DE RELAÇÃO OBJETAL

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Ela desenvolveu então a análise através da brincadeira. Por meio da atividade lúdica, a autora interpretava as fantasias, as angústias, e outras manifestações do inconsciente da criança, as quais eram expressas de maneira simbólica. A teorização kleiniana a respeito das fantasias inconscientes é extremamente precisa e detalhada (Riviere, 1986a). Pode-se dizer que a autora aumentou o poder da análise clínica e aplicada, ao abordar estes fenômenos que não foram explorados por Freud (Money-Kyrle, 1980). Uma das principais contribuições da teorização kleiniana são os conceitos de posição esquizo-paranóide e posição depressiva. Segundo Riviere (1986b), outra seguidora de Melanie Klein, a vida de fantasia do indivíduo pode ser entendida como “a forma como suas sensações e percepções reais, internas e externas, são interpretadas e representadas para ele próprio, em sua mente, sob a influência do princípio de prazer-dor” (Riviere, 1986b, pp.

A ORIGEM E A FUNÇÃO DA VIDA FANTASMÁTICA Melanie Klein, partindo de obras freudianas, toma como principal ponto de enfoque das fantasias sua dimensão imaginária. Qualquer estímulo sentido pela criança é um potencial eliciador de fantasias, tanto os agressivos – os quais acarretam fantasias agressivas – quanto os prazerosos – os quais, por sua vez, são causadores de fantasias calcadas no prazer. O primeiro alvo das fantasias da criança é o corpo da mãe, já que ela é o principal objeto com o qual a criança se relaciona em seus primeiros dias de vida. As fantasias acerca da exploração do corpo materno são de extrema importância para a descoberta do mundo externo pela criança. Esta frustração, por sua vez, ocasiona explosões agressivas por parte da criança, pois ela precisa se vingar deste seio ruim.

Para realizar esta vingança, a criança utiliza todas as armas disponíveis, tais como os dentes, unhas, e até mesmo excreções. Concomitantemente, também existe a imagem de um seio bom, o qual atende a todas as necessidades da criança. Esta divisão do seio é necessária para a proteção deste seio bom, pois, desta forma, todos os ataques agressivos são dirigidos ao seio mau, preservando o bondoso. O seio mal é então sentido, nas fantasias infantis, como se estivesse dilacerado, reduzido a fragmentos; enquanto o bom permanece íntegro, completo.

534 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download