Herbicidas para uso Florestal

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Os herbicidas utilizados nos plantios florestais devem ser criteriosamente selecionados, baseado nas espécies de plantas daninhas presentes na área. Além disso, a aplicação e dosagem deve seguir rigorosamente as informações constantes na bula dos produtos e no receituário agronômico, a fim de evitar danos às plantas de eucalipto e ao meio ambiente. Os herbicidas podem ser classificados de diferentes formas, sendo importante o conhecimento de algumas definições.      Herbicidas com ação em pré-emergência: são produtos aplicados ao solo antes ou logo após o plantio das mudas arbóreas, mas antes da emergência das plantas daninhas. Muitos herbicidas pré-emergentes possuem efeito residual e controlam plantas daninhas na emergência ou em estágios vegetativos iniciais. Entretanto, a seletividade depende de fatores como dose do produto, sanidade e estágio de desenvolvimento das plantas, entre outros.

Nem todos os herbicidas registrados para o eucalipto são seletivos, ou seja, se a aplicação não for correta, as árvores serão injuriadas ou mesmo eliminadas. Os herbicidas seletivos podem ser aplicados sobre a folhagem do eucalipto, enquanto a aplicação dos produtos não seletivos não deve ter aspersão direta nas mudas das árvores, apenas nas entrelinhas. Herbicidas sistêmicos ou não sistêmicos: os herbicidas sistêmicos são aqueles que são translocados pelas plantas, podendo agir em partes não atingidas externamente pelo herbicida, como nas raízes que estão protegidas no solo ou folhas baixas protegidas por outras folhas. Já os herbicidas não sistêmicos, também chamados herbicidas de contato, agem somente no local onde atingem as plantas.

• Carfentrazona, flumioxazina, oxifluorfem e sulfentrazona – Inibidores de PROTOX. Estes herbicidas inibem a enzima protoporfirinogênio oxidase – PROTOX (VIDAL; MEROTTO JUNIOR, 2001). São herbicidas não sistêmicos que controlam plantas dicotiledôneas (folhas largas), por exemplo, corda-de-viola (Ipomoea sp. trapoeraba (Commelina benghalensis), picão-preto (Bidens pilosa), picãobranco (Galinsoga parviflora), leiteiro (Euphorbia heterophylla) e tiririca (Cyperus rotundus). Entretanto, em aplicações em pré-emergência apresentam ação em monocotiledôneas (folhas estreitas) como braquiárias (Brachiaria sp. O imazapir apresenta degradação lenta no solo e, por isso, apresenta efeito residual. No Estado do Paraná, seu uso é restrito à erradicação de rebrotes de eucalipto (PARANÁ, 2014). Esses herbicidas não são seletivos ao eucalipto e não devem ser aplicados sobre mudas ou folhagem. • Isoxaflutole e clomazona – inibidores de caroteno.

Inibem a síntese de carotenos nas plantas. Por não penetrar em caules lenhosos, é utilizado em área total quando as folhas não podem mais ser atingidas pelo herbicida (FERREIRA et al. • Glufosinato – inibidor de glutamina sintetase Inibe a atividade da enzima glutamina sintetase, que atua na rota da amônia nas plantas. É um herbicida não sistêmico e não seletivo de aplicação à folhagem (DEVINE et al. É utilizado como maturador ou dessecante em algumas culturas, mas sua indicação para cultura do eucalipto é para aplicações em pós-emergência das plantas daninhas. Deve ser utilizado em jato dirigido, evitando a aspersão do produto nas folhas, uma vez que não é seletivo ao eucalipto. • Picloram e 2,4-D – auxinas sintéticas Esses herbicidas são hormônios auxinas sintéticas, semelhantes àquelas encontradas nos vegetais (VIDAL; MEROTTO JUNIOR, 2001).

São utilizados para controle de plantas dicotiledôneas em pósemergência. São herbicidas sistêmicos não seletivos ao eucalipto. Controlam dicotiledôneas perenes como guanxuma (Sida rhombifolia), Caruru (Amaranthus retroflexus) e Ipoméias (Ipomoea sp. além das anuais buvas (Conyza bonariensis e C. As ceras são lipofílicas, a cutina é parcialmente lipofílica e a pectina e celulose são hidrofílicas. A passagem do herbicida pela cutícula pode se dar por rota aquosa que ocorre com as substâncias polares (ex: água), ou então por rota lipoidial que ocorre com as substâncias não polares (ext óleo). Após a passagem pela cutícula os herbicidas devem atravessar a parede celular, e após o plasmalema para atingir o interior da célula.

Fatores ambientais como umidade relativa, temperatura, luz, chuva e vento afetam a absorção dos herbicidas; 4ª) após a absorção, a grande maioria dos herbicidas se move do local da aplicação para o local de ação nas plantas. São denominados herbicidas de translocação ou sistêmicos. Como exemplo, temos os herbicidas inibidores de fotossíntese. Os herbicidas de aplicação em pré-emergência são aplicados com as mudas transplantadas no campo. Os principais herbicidas que podem ser usados nessas condições são: De um modo geral, esses herbicidas podem ser aplicados sobre a muda, pois normalmente não têm boa absorção foliar, e além disso são de translocação predominantemente apoplástica. Todavia, dependendo das condições climáticas pode ocorrer um dano mais severo à muda.

Antes de usar qualquer herbicida nessas condições procure conhecer com detalhe a fisiologia da molécula quando aplicada sobre a folha. agricultura. gov. br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons>. Acesso em: 03 set. FILHO, R. P. Herbicidas registrados para cultura do eucalipto, PR: agosto, 2015.

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