Culturas Africanas (Música)

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Área de estudo:Administração

Documento 1

Em 1808, segundo os históricos relatos do conhecido Padre Perereca, D. João VI foi recebido no Rio de Janeiro com muitos vivas e repiques de sino, aos “sons dos tambores e dos instrumentos músicos”. Ao longo do período principalmente colonial, adentraram no Brasil, centenas de culturas e com elas suas tradições, seus costumes, suas musicalidades, danças, crenças, fazendo com que essa miscelânea se fundisse em nossa cultura, estou falando da miscigenação, na qual passamos e tivemos um pouquinho de tudo por aqui, não só África mas outros povos. Porém a que mais se adequou as nossas realidades foi sem dúvida a Africana. Ao contrário do que aconteceu na Europa, onde a miscigenação não foi tão presente, na América a partir da metade do século XIX, surgiram estilos musicais que reúnem a força rítmica da música de origem africana e os comportamentos ligados ao campo da harmonia, conceito relacionado a música ocidental.

Unidade que é dificilmente entendida pelos intérpretes europeus na hora de tocar ritmos como o Samba ou o Maracatu. Enquanto isso, na América, a habilidade de deixar o ritmo mais leve se mostrou presente, enriquecendo a música popular mundial, em especial do Ocidente. Outro exemplo da africanidade musical está em Cuba, onde a força dos ritmos como o Danzón e La Havanera se expandiram a ponto de influenciar a musicalidade de outros países, como a Argentina. O Milonga, ritmo clássico portenho, é considerado uma expressão rítmica original do estilo cubano, que também inspirou compositores europeus, com destaque para Ravel, que usou o ritmo de “Havanera” para dar a base rítmica ao seu famoso Bolero. Já no Uruguai, a repercussão africana é encontrada no Candombe, que introduz cores e tambores completamente diferentes dos que são usados na tradição de ascendência europeia.

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