ESTUDO DA GRAMÁTICA NA LÍNGUA MATERNA: A NORMA PADRÃO NO CONTEXTO DO TEXTO

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Finanças

Documento 1

A elaboração de roteiros sistematizados de estudo objetiva conhecer o funcionamento da linguagem, compreender a língua em uso e em forma, assim como verificar suas estruturas dentro do texto, tornando-o um objeto de estudo para investigar as noções linguísticas-gramaticais, em busca do aprendizado da língua que rege a norma padrão. Nesta investigação, Travaglia (2002), Possenti (2000), Franchi (2006), Bagno (2003), Ilari (1997) trazem questionamentos e reflexões sobre o funcionamento da gramática em contextos diversos no texto. Muito se tem falado a respeito da dificuldade que é aprender Gramática, devido à falta de compreensão do seu conceito, e também devido ao modo como o professor elabora suas atividades para ensiná-la. Este estudo discute sobre a elaboração destes roteiros e traz uma reflexão sobre estratégias de atividades para facilitar a compreensão da Gramática no contexto do texto escrito.

O estudo da língua é diverso, com suas regras gramaticais quanto à estruturação da escrita e suas ordens de significação. Esses estudos fizeram do texto um laboratório de experimentos linguísticos, onde os elementos gramaticais pudessem ser agrupados para formar um espaço no qual a língua ficasse sempre viva e que permanecesse aberta às mudanças gramaticais, com relação às regras e normas para um ensino eficaz e eficiente sobre a língua. Busca-se investigar através das leituras, compreensão dos materiais teóricos e de todas as informações coletadas sobre o funcionamento e o comportamento da gramática da língua materna dentro do texto, em que aqui se pode verificar no gênero epistolar. Dessa forma se pretende desenvolver estratégias didáticas de como trabalhar com a gramática sem impor regras ou normas, ou seja, o modelo de metodologia e de ensino será imparcial, apenas deverá obedecer aos contextos comunicativos e as formas de ensino mediante a necessidade e exigência da GU.

OBJETIVOS A propósito existem diversas modalidades de ensino da gramática da língua materna, e isso faz com que o ensino-aprendizagem em relação à leitura e principalmente à escrita, que neste caso são responsáveis por dar sentido aos diversos discursos. Para isso tem-se aspectos e instrumentos de investigação quanto à forma e à função da gramática dentro do texto. Estão envolvidos estudos linguísticos baseados em uma linguagem eficiente ou adequada para a sociedade vigente. Nesta perspectiva, Neves (2002. p. diz que: Não existe, simplesmente, uma escolha entre norma culta padrão e registro (popular) do aluno. De um lado, não há dúvida de que é papel da escola prover para seus alunos a formação necessária para que eles sejam usuários da língua no padrão necessário à ocupação de posições minimamente situadas na escala social.

Possenti (1996), explica isso ao dizer que os problemas no ensino padrão da língua estão relacionados ao tipo textual do que de tipo gramatical. Sua afirmação parece ser um pouco confusa, precisando de uma maior concretude, pois em textos produzidos têm sentidos e significados, sua estrutura segue uma ordem sintática, apresentando deficiências na própria escolha dos termos linguísticos, mostrando que, neste caso, o problema parece ser de ordem gramatical, e não textual como afirma. Para compreender a língua como fonte de informação e elo de interação, verificamos que os textos epistolares ou não tornam-se um “laboratório” de experimentos linguísticos, uma vez que o tratamento linguístico age diretamente na função comunicativa tanto oral como escrita.

As formas gramaticais que regem as estruturas linguísticas, que estão presentes no texto, servem como registros que contribuem para a finalidade do ensino gramatical da língua. Neles podem ser identificadas as formas estruturais da língua como, por exemplo, aspectos de regência nominal e verbal, classes gramaticais, como também os sentidos que esses termos empregam dentro do contexto textual e linguístico. FRANCHI, 2006. P. O termo “gramática” está além das normas estabelecidas pelas “ditas” boas línguas, pelo falar bem. A gramática é representada e produzida não só nos textos escritos de diversos falares planejados e contextualizados na escrita, como também delineiam formas específicas nos usos espontâneos da língua no cotidiano comunicativo, uma vez que a fala é organizada por estruturas comunicativas.

Em razão disso, ao analisar as estruturas expressivas de uma língua, é possível associá-las com critérios categóricos funcionais pertencentes a determinada língua. Essas três categorias estão presentes em todas as construções oracionais, pois sem elas tal texto ou informação não obteria sentido. Portanto, percebemos que o Sintagma Nominal e o Sintagma Verbal não podem vir isolados, ambos têm que estar juntos para dar sentido à linguagem ou ao texto. O contexto linguístico, segundo Neves (2002, p. realiza comunicações, mas certos tipos de interação, orações completas não aparecem com frequência em textos escritos aproximados da oralidade. Por mais que estes tipos de textos não contemplem todos os termos lineares da língua são compreendidos porque mantêm uma estrutura comunicativa por meio do predicado, sujeito e complemento adverbial.

Saber uma língua significa saber uma gramática”. Então, partindo deste pressuposto, verifica-se que para uma pessoa dominar uma gramática, não significa que ela domine as regras que a regem, devido à forte influência que essas regras impõem no comando da escrita, principalmente, em textos formais. Na busca de tentar compreender mais sobre a organização do texto, em que a aprendizagem está interligada diretamente com os fatores linguísticos e contextuais, ao qual o texto está sendo informado. Nesta perspectiva aborda-se algumas discussões a respeito da Gramática Reflexiva, na perspectiva de Travaglia (2002), na tentativa de compreender a essência do texto epistolar como instrumento para ensinar a língua padrão. Travaglia (2002) salienta que a inovação no ensino de gramática começa pela mudança metodológica, pois, em vez de aulas apenas expositivas, o aluno não é capaz de adquirir os conhecimentos sobre gramática e, principalmente, pensar sobre ela.

Além de trazer novos recursos didáticos para o aprendizado da língua, o texto epistolar ainda nos oferece diversas situações para trabalhar com a linguagem, utilizando-se da interação entre locutor e receptor. Essa interação pode ocorrer de forma verbal ou não-verbal, vai depender do contexto de uso do texto e de quem está escrevendo e para quem. Nesta perspectiva, as regras gramaticais podem ser exercidas mediante a formalidade de uso que o interlocutor faz da linguagem. Na figura a seguir, podemos identificar termos linguísticos com desvios da norma padrão da linguagem. Diz-se texto incorreto – “vende-ce eça coiza 500 pila”. Primeiro, observa-se que há a presença de uma linguagem informal, coloquial, ou seja, os termos foram grafados de acordo com a representação dos sons presentes na fala.

Segundo, verifica-se que a estrutura sintática está distribuída em predicado, sujeito e complemento adverbial, “vende-se essa coisa por 500 reais”. Isso implica dizer que é uma sintaxe natural da língua padrão ou não-padrão. Semanticamente falando, temos certo ar de desprezo nesta exposição deste produto à venda “essa coisa”. Em termos sócio-comunicativos, temos um falante de classe baixa ou sem muita instrução escolar que se identifica pelo uso linguístico no texto. É nesta perspectiva que o professor deve ensinar gramática a seus alunos. Os textos de rua são fixados em muros, cartazes, paredes, etc. eles sempre trazem informações, utilizando sempre ternos escritos. Os construtores das mensagens sempre tentam atingir um público-alvo. Muitas informações trazem uma linguagem coloquial, informal, longe de atingir a norma culta da língua, porque, muitas vezes, são encontrados erros muito mais referentes à ortografia, à fonética, ao vocabulário (como o uso de gírias), do que relacionados à sintaxe.

explica também que “A concepção de língua e de ensino de língua na escola precisam mudar (o que já acontece em muitos lugares, embora às vezes haja discursos novos e uma prática antiga)”. O ensino da linguagem (língua) nas escolas, ainda é enfrentado e passado aos alunos seguindo uma visão clássica de gramática, em que é posta em uso uma teoria gramatical grego-latina, que segue uma estrutura rígida dos padrões da língua em partes gramaticais. O ensino de língua é feito de aparências da linguagem, pois o ensino de gramática ainda está voltado para regras limitadas. METODOLOGIA A proposta do projeto é analisar o funcionamento e comportamento que a gramática da língua materna exerce dentro do contexto do texto, por isso esta metodologia apresenta os delineamentos da pesquisa a partir da base teórica e por meio da pesquisa investigativa no que diz respeito a gramática da língua dentro do texto de caráter epistolar.

Neste projeto busca-se trabalhar mediante a análise bibliográfica, onde será feita diversas leituras investigativas que exercem metodologicamente uma atitude de respeito às diversas formas e funcionalidades da língua, que neste caso, atende o comportamento linguístico no estudo gramatical da linguagem. ILARI, Rodolfo. A linguística e o ensino da língua portuguesa. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. NEVES, Maria Helena de Moura. São Paulo: Cortez, 2002. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

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