Projeto de pesquisa para TCC, mestrado, doutorado!

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Geografia

Documento 1

Virmondes Rodrigues Júnior A – INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônico-degenerativa, multifatorial, na maioria das vezes assintomática, de evolução lenta e progressiva, comprometendo os sistemas vasodilatadores e vasoconstrictores. Caracteriza-se por níveis pressóricos arteriais elevados, acima de 140 por 90 mmHg. Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos chamados órgãos-alvo, como o coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos. Tem como marcador hemodinâmico primário, o aumento persistente da resistência vascular periférica (LENFANT et al. DOCUMENTO DO BANCO MUNDIAL, 2005; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2006; MALTA et. Esse fato provoca a destruição ou inativação das estruturas não próprias. Constitui-se em uma complexa rede de células e moléculas dispersas no organismo, representando um sistema eficaz de defesa contra microrganismos ou contra a transformação maligna de células.

Esta capacidade de defesa do SI se fundamenta na ativação das células efetoras - que incluem os linfócitos e as células apresentadoras de antígenos ou acessórias - e na produção de anticorpos (PRIETO et al. a; PRIETO et al. b). Estes biomarcadores estão envolvidos na rigidez arterial, um fator de risco cardiovascular. Ainda, a elevação das concentrações plasmáticas de IL-6 e TNF-α foram correlacionadas com a rigidez arterial em pacientes hipertensos (MAHMUD; FEELY, 2005). A inflamação endotelial reflete na HAS, pois interfere no desenvolvimento de condições associadas ao dano vascular. Evidências relatam que as. respostas imunes, inata e adaptativa, contribuem para a disfunção vascular, tendo como reflexo o estado de inflamação endotelial (HARRISON et al. MORIUCHI, M.

FAUCI, 1997; INNAMORATO et al.   Assim, é complexa a rede de eventos que podem culminar com a elevação da PA. Muitos desses passam por mecanismos de sinalização com envolvimento da resposta imune, que podem, potencialmente contribuir para a gênese da hipertensão, ou ainda para a manutenção ou desenvolvimento de lesão em órgãos-alvo. A. APRESENTAÇÃO DO CONTEXTO ESPECÍFICO DESTA PESQUISA Nosso estudo objetiva analisar o papel de mediadores inflamatórios no desenvolvimento de lesões em órgãos-alvo de pacientes com hipertensão essencial. A. LACUNAS NO CONHECIMENTO SOBRE O TEMA A hipertensão essencial é uma patologia sem causa definida nem fatores anteriormente encontrados, onde alguns estudos, principalmente aqueles realizados em modelos experimentais SHR, mostraram que a hipertensão pode ter uma base imunológica.

Neste estudo, analisaremos mediadores da resposta imune em pacientes com hipertensão essencial, com co-morbidades e fatores de risco associados, grupo de pacientes ainda pouco estudados. A. Amostra Estratégia de Formação da amostra Será realizada a triagem de pacientes que chegam ao serviço com indicação médica para a realização da MAPA e histórico de hipertensão essencial. Após aceitação e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), realizaremos a coleta de dados e de sangue periférico com posterior marcação dos exames, Doppler de carótidas, VOP e Ecocardiograma. O paciente realizará os exames descritos, pois já são rotina no serviço para tratamento de hipertensão. Aspectos Éticos A coleta de dados será realizada após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro e da assinatura do TCLE (Anexo A).

Coleta de Dados e Realização de Exames Após aplicação do questionário (Anexo) serão coletados os dados antropométricos (peso, altura, Índice de massa corpórea, medida da circunferência abdominal). Os poços serão então lavados com PBS/Tween e distribuídos posteriormente 100 µL/poço com o respectivo anticorpo monoclonal secundário conjugado à biotina, permanecendo por duas horas à temperatura ambiente e subsequentemente lavando-se com solução de PBS/Tween. Após esta etapa, serão pipetados 100 µL/poço de fosfatase alcalina conjugada à estreptavidina em PBS/BSA 1%, permanecendo por duas horas à temperatura ambiente. Posteriormente, as placas serão lavadas com PBS/Tween adicionando-se, em seguida, 100 µL/poço do substrato indutor de atividade enzimática p-nitrophenyl fosfato. Os resultados serão obtidos pelas medidas das absorbâncias 450 nm, em leitor automático de ELISA (Enspire, Perkin Elmer, EUA).

As concentrações dos mediadores serão determinadas a partir de regressão linear com as absorbâncias obtidas nas curvas e expressas em pg/ml. D. Justificativa O número de 80 indivíduos/pacientes por grupo é factível, e permite uma analise estatística segura. Este número foi obtido considerando a variabilidade da amostra e a diferença mínima entre os grupos. Foi usado o software Statistica 2013. D. Portadores de imunodeficiência poderão ocasionar um viés na análise laboratorial dos mediadores inflamatórios. D. Caracterização da amostra Grupo controle: pacientes com suspeita de hipertensão, que não estão em uso de terapia medicamentosa anti-hipertensiva. Grupo hipertenso sem lesão de órgãos-alvo: Pacientes com grau leve de hipertensão (estágio I), que estejam em terapia medicamentosa, limitada aos inibidores da ECA e bloqueadores de canal de cálcio.

Grupo hipertenso com lesão de órgãos-alvo: pacientes com grau avançado de hipertensão (estágio II e II) estejam em terapia medicamentosa, limitada aos inibidores da ECA e bloqueadores de canal de cálcio e apresentem lesões cardíaca e vascular de órgãos-alvo. Análise dos dados / estatística Os dados serão utilizados para agrupar os pacientes de acordo com a gravidade da hipertensão e lesão de órgãos-alvo. Os resultados dos níveis de mediadores da inflamação e resposta imune serão avaliados e comparado entre os grupos de pacientes e controles. E – JUSTIFICATIVA PARA O USO DE GRUPOS VULNERÁVEIS/GRUPOS ESPECIAIS Não se aplica. F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (CITADAS NO TEXTO) Ba D, Takeichi N, Kodama T, Kobayashi H.

Restoration of T cell depression and suppression of blood pressure in spontaneously hypertensive rats (SHR) by thymus grafts or thymus extracts. Campese VM, Shaohua Y, Zhong H. Downregulation of neuronal nitric oxide synthase and and interleukin -1beta mediates angiotensin II - dependent stimulation of sympathetic nerve activity. Hypertension 2002; 39 (part 2): 519–524. Cesarino CB, Cipullo JP, Martin JFV, Ciorlia LA, Godoy MRP, Cordeiro JÁ, et al. Prevalência e fatores sociodemográficos em hipertensos de São José do Rio Preto. Inflammation, Immunity, and Hypertension. Hypertension 2011; 57: 132-140. Hernandez-Presa M, Bustos C, Ortego M, Tunon J, Renedo G, Ruiz-Ortega M, et al. Angiotensin-converting enzyme inhibition prevents arterial nuclear factor-kappa B activation, monocyte chemo attractant protein-1 expression, and macrophage infiltration in a rabbit model of early accelerated atherosclerosis. Circulation 1997; 95: 1532–1541. Sétimo relatório do Comité Misto Nacional de Prevenção, Detecção, Avaliação e Tratamento da Hipertensão Arterial (JNC 7): o reajuste das velas da hipertensão.

Hipertensão 2003; 41: 1178-1179. Mahmud A, Feely J. Arterial stiffness is related to systemic inflammation in essential hypertension. Hypertension. Okuda T, Grollman A. Passive transfer of autoimmune induced hypertension in the rat by lymph node cells. Tex Rep Biol Med 1967; 25: 257–264. Organização Mundial de Saúde. Prevention of Cardiovascular Disease. Arterioscl Thromb Vasc Biol 2000; 20: 645–651. Rosário TM, Scala LCNS, França GVA, Pereira MRG, Jardim PCBV. Prevalência, controle e tratamento da hipertensão arterial sistêmica em Nobres, MT. Arq Bras Card 2009; 93(6): 672–678. Schieffer B, Luchtefeld M, Braun S, Hilfiker A, Hilfiker-Kleiner D, Drexler H. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo 2010: Suppl 1: 275-82. Touyz RM, Schiffrin EL. Signal transduction mechanisms mediating the physiological and pathophysiological actions of angiotensin II in vascular smooth muscle cells. Pharmacol Rev. Touyz RM, Tabet F, Schiffrin EL.

JACC 2010; 55(1): 66–73. Ye S, Mozayeni P, Gamburd M, Zhong H, Campese VM. Interleukin-1 β and neurogenic control of blood pressure in normal rats and rats with chronic renal failure. American Journal of Physiology 2000; 279 (6): H2786–H2796. G – DESCRIÇÃO DOS DESCONFORTOS E RISCOS E DESCRIÇÃO DAS RESPECTIVAS MEDIDAS PREVENTIVAS E CURATIVAS Poderá ocorrer algum desconforto no momento da coleta de sangue periférico que será realizada por profissional habilitado e treinado, responsável pelas medidas preventivas. M - CRONOGRAMA Trimestre 2016 2017 2018 2019 Primeiro Delineamento e escrita do projeto de pesquisa Coleta de Dados Análise laboratorial e estatística Análise dos Resultados, Conclusão e Revisão textual Segundo Submissão do Projeto ao Comitê de Ética Coleta de Dados Análise laboratorial e estatística Análise dos Resultados, Conclusão e Revisão textual Terceiro Aprovação do projeto Coleta de Dados Revisão da literatura Defesa da tese de doutorado Quarto Aprovação do projeto Coleta de Dados Revisão da literatura Publicação do artigo N – RESPONSABILIDADES N.

– Responsabilidades do “pesquisador responsável” Planejar, orientar e conduzir a pesquisa juntamente com a equipe envolvida. N. – Responsabilidades da instituição proponente de pesquisa Dar anuência e condições para o desenvolvimento dos experimentos e da tese a estes relacionados. N. Material de consumo O material será adquirido com recursos de projeto de pesquisa apresentado a agencia de fomento, após a aprovação pelo CEP. Kits para ELISA – R$2500,00 cada Pares de anticorpos monoclonais para ELISA (SETS) – 8 SETS – R$2500,00 cada Total Q. R$25. TOTAL Q. Q. U – LISTA DE ANEXOS Questionário para a coleta de dados Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. V – CONTEXTUALIZAÇÃO ACADÊMICA DA PESQUISA Essa pesquisa será objetivo da tese de Doutorado da aluna Ana Paula Mendes da Silva, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas da UFTM.

Poderão haver alunos de iniciação científica envolvidos. W – HAVERÁ RETENÇÃO DE AMOSTRAS PARA ARMAZENAMENTO EM BANCO? Sim. W. cnpq. br/4221049579011900 apaula. enfer@gmail. com Marco Antônio Vieira da Silva – Colaborador/ Médico cardiologista marcovieiravs@gmail. com.

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