USO DE JOGOS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Matemática

Documento 1

Dessa forma, através do levantamento bibliográfico será observado como se dá a prática docente nesse contexto, levantando-se a importância do uso de metodologias inovadoras para as aulas de Matemática, bem como os principais desafios dos professores. Para tal, será realizada a revisão de dados bibliográficos, utilizando-se a seguinte base de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo) e, ainda, pesquisas em revistas e jornais acadêmicos disponíveis, selecionando-se trabalhos pelo título, resumo e sua pertinência ao objetivo da pesquisa. PALAVRAS-CHAVE: Jogos Didáticos; Matemática; Tecnologia; Metodologias Inovadoras. INTRODUÇÃO Para uma renovação da educação no Brasil é necessário conhecer sua história e entender as razões das suas mudanças. Nos registros históricos, nota-se que a Matemática escolar no Brasil, nasceu pela necessidade da coroa portuguesa de defender seu território, instruindo seus militares para a construção de artilharia e fortificações, transformando‐se, assim, em uma disciplina de caráter, exclusivamente, técnico.

Todavia, ainda hoje, há uma grande resistência de professores e gestores escolares quanto ao uso desta ferramenta, muitas vezes motivada pelo medo de mudanças ou, também, pela falta de habilidade para lidar com tais recursos. USO DE JOGOS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Grande parte dos estudantes do Ensino Fundamental no Brasil, de todas as classes sociais e em todos os níveis de ensino, apresenta baixo nível de proficiência em relação à Matemática. Em âmbito nacional, algumas avaliações são realizadas, com o intuito de identificar o nível de proficiência dos alunos nesta disciplina como, por exemplo, o SARESP (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) e a Prova Brasil.

A fim de melhorar o aprendizado dentro da sala de aula, devem-se incluir níveis diferenciados de conhecimento e materiais, para que o aluno possa ter contato com os mais variados recursos possíveis, colocando em prática a habilidade e formação do professor, para se obter não só um aluno, mas também um ser humano melhor. O conhecimento matemático como componente essencial do professor de Matemática é um requisito central para ensinar, de modo a envolver e auxiliar os estudantes no processo de aprender, assim como compreender os conteúdos que devem ser ensinados. Para tal, os professores precisam fazer com que a Matemática seja uma mescla de teoria e prática, a fim de não cair na monotonia que hoje vemos no ensino, quando o que se pretende é unicamente fazer com que o aluno decore determinados procedimentos, sem ter conhecimento da sua utilização ou, até mesmo, da fundamentação do conteúdo em si.

Um dos obstáculos para se trabalhar com os conceitos de Matemática é sua complexidade em relação à abstração do conteúdo, pois não existe uma maneira simples de se entender tantos processos que, em sua maioria, são ensinados por meio de algoritmos e precisam ser aceitos e aplicados, em todos os níveis de séries dos estudantes. Com relação à avaliação dos processos educativos são comumente utilizados “testes de inteligência” em estudantes. Muitos deles realizados medem as suas capacidades de aptidão para matemática e lógica, percepção visual e linguagem. Entretanto, as avaliações das dificuldades de aprendizagem dos estudantes, muitas vezes, identificam uma determinada dificuldade no desenvolvimento e aprendizagem, ou simplesmente estabelecem o desempenho abaixo do esperado, dadas suas oportunidades passadas de aprendizagem e sua inteligência (ALBINO, 2013).

Nesse sentido, segundo Silva (2005, p. um dos caminhos que possuem os educadores para desenvolver aulas mais interessantes é, precisamente, ensinar por meio de jogos, com o intuito de oferecer aulas mais descontraídas e dinâmicas, estimulando os estudantes e despertando sua vontade de frequentar assiduamente a sala de aula. Igualmente, incentivando sua inclusão nas atividades, sendo agente no processo de ensino-aprendizagem, já que aprende e se diverte, simultaneamente. Desse modo, também o professor consegue competir em igualdade com inúmeros recursos disponíveis para os estudantes fora da escola. No entanto, essa estratégia por si só não é suficiente para garantir o sucesso da metodologia proposta.  Nesse contexto, os jogos didáticos têm o potencial de enfrentar esses desafios e impactar, positivamente, o aprendizado e as atitudes da Matemática.

  Estes são capazes de consumir a atenção dos estudantes por horas, fornecendo instruções e uma experiência de aprendizado envolvente.  Por esse motivo, os mesmos têm sido usados ​​para promover o aproveitamento da matemática em vários domínios, incluindo, habilidades de resolução de problemas e álgebra (ABRAMOVICH, 2010), habilidades estratégicas e de raciocínio (BOTTINO; FERLINO; OTT & TAVELLA, 2007), habilidades de geometria crítica (YANG & CHEN, 2010) e procedimentos aritméticos (MORENO & DURAN, 2004), onde os conceitos de grandezas e medidas estão presentes de forma ampla. Portanto, diante de um contexto no qual os jogos estão presentes no dia-a-dia de todos os indivíduos – direta ou indiretamente – percebe-se a necessidade de utilizá-los como um instrumento dinamizador do processo de ensino-aprendizagem, onde o docente exerce papel fundamental, enquanto estimulador e mediador das hipóteses levantadas pelos alunos, fazendo com que estes possam desenvolver a capacidade de raciocínio lógico, encontrando os seus próprios métodos para solucionar os problemas.

Contudo, se faz necessário que haja um planejamento das propostas, direcionando as problematizações para a aprendizagem do conteúdo que se quer abordar, disponibilizando-se recursos diversos para a execução e avaliação desta, bem como capacitando os profissionais para utilizar estas ferramentas educacionais. Cabe ao professor evitar rotina, fixação de respostas, hábitos. Deve simplesmente propor problemas aos alunos, sem ensinar-lhes as soluções. Sua função consiste em provocar desequilíbrios, fazer desafios. Deve orientar o aluno e conceder-lhe ampla margem de autocontrole e autonomia. Deve assumir o papel de investigador, pesquisador, orientador, coordenador, levando o aluno a trabalhar o mais independentemente possível. É bem conhecido que quando são implantados os jogos matemáticos no programa dos professores, isso colabora fortemente na edificação dos conhecimentos matemáticos dos estudantes (SELVA & CAMARGO, 2009).

De acordo com Hiratsuka (2004, p. concebe-se como “um processo dinâmico no qual o aluno se torna o agente dessa construção ao vivenciar situações, estabelecer conexões com o seu conhecimento prévio, perceber sentidos e construir significados”. O trabalho coletivo entre professor e alunos, também, contribui com uma aprendizagem mais significativa para os estudantes. Sabe-se, por exemplo, que os jogos matemáticos são recursos que podem ser empregados pelos docentes de Ensino Fundamental, com o objetivo de acrescentar a dinamização das aulas e, assim mesmo, facilitar a aprendizagem dos estudantes (ALBINO, 2013). Para que esta tenha sucesso, os professores precisam ser adequadamente remunerados e apoiados. Além disso, observou-se que o jeito de ensinar Matemática pode ser mudado, pois, o uso de metodologias inovadoras e diferenciadas, como os jogos didáticos, fornecem novos meios de repensar as aprendizagens, de modo que os alunos possam desenvolver e construir o raciocínio.

Nesse âmbito, tudo depende do minucioso trabalho desenvolvido pela equipe escolar, onde em regime de colaboração, professores, gestores e a comunidade escolar não devem medir esforços para criar e desenvolver um Planejamento Político Pedagógico (PPP), com ênfase em situações de aprendizagem, contextualizadas com a realidade local dos estudantes, partindo-se do pressuposto de que todo o currículo deve atender, em partes, as demandas exigidas e solicitadas pelas leis e orientações, que viabilizam essas práticas, porém, a escola tem livre arbítrio para criar o seu próprio currículo. Dessa forma, nota-se que a tecnologia e os jogos impactam, positivamente, o aprendizado elementar de conceitos matemáticos. Todavia, se faz necessário selecionar os jogos apropriados para os alunos, considerando a importância de metas e regras claras, controle flexível dos alunos e tarefas em um nível apropriado de desafio para os alunos, com feedback fornecido.

Disponível em http://www. ufjf. br/ebrapem2015/files/2015/10/gd7_thais_albino. pdf. Acesso em: Out. pdf. Acesso em: Out. CUNHA, L. A. DA, BARBALHO, M. e4. Acesso em: Out. D’AMBROSIO, U. Educação Matemática: da teoria à prática. São Paulo: Papirus, 1996. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GARDNER, H. Inteligência um conceito reformulado. São Paulo: Saraiva, 1999. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 2010. LORENZATO, S. Laboratório de ensino de matemática e materiais didáticos manipulativos. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. MONTEIRO, A. POMPEU JUNIOR, G. PIRES, C. M. C. Resolução de Problemas e interfaces com pesquisas do Grupo “Desenvolvimento Curricular e Formação de Professores de Matemática”. Disponível em: http://doczz. O Jogo Matemático Como Recurso Para a Construção Do Conhecimento.

X Encontro Gaúcho de Educação Matemática, 2009. Disponível em: http://www. projetos. unijui. SMITH, C. STRICK, L. Dificuldades de aprendizagem de A a Z: um guia completo para pais e educadores. Trad. Dayse Batista, Dados eletrônicos, Porto Alegre: Artmed, 2001.

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